A Câmara de Coimbra vai avançar com uma revisão do regulamento do apoio ao associativismo cultural, que quer ter concluída antes do final do ano, afirmou esta sexta-feira o chefe de Divisão de Cultura e Turismo.

O executivo deve levar “brevemente” a reunião da Câmara Municipal “uma revisão do regulamento”, para que esta esteja concluída até ao fim do ano civil e que as novas candidaturas possam ser submetidas em janeiro de 2023, disse o chefe de Divisão de Cultura e Turismo de Coimbra, Paulo Pires, que intervinha durante a reunião do Concelho Municipal da Cultura de Coimbra (CMCC), que decorreu hoje à tarde, no Convento São Francisco.

Segundo o responsável, que assumiu o cargo há alguns meses, há várias mudanças que a Câmara quer efetivar no regulamento, nomeadamente de a ferramenta poder também “ilustrar um pensamento que o município quer para a cultura, em termos de prioridades e do que quer valorizar e alavancar neste território”.

Nesse sentido, apelou aos membros do CMCC para entregarem as suas propostas até 15 de outubro.

Na sua intervenção, anunciou também que a equipa da cultura do município vai mudar-se para o Convento São Francisco.

“Faz sentido a divisão e o Convento trabalharem com uma maior proximidade e uma maior colaboração”, notou.

O chefe de divisão realçou ainda que está em curso uma revisão de “uma estratégia mais vasta de afirmação do território de Coimbra”, nomeadamente a sua narrativa para dentro e para fora.

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“Tem de haver uma narrativa e estratégia atualizada, contemporânea, que olhe para o futuro”, frisou, salientando que não será feita “tábua rasa do passado”.

Paulo Pires notou ainda que “um dos aspetos mais frágeis do ecossistema cultural e criativo é a comunicação e marketing”, considerando que é necessário “ter um olhar mais ambicioso” nessa vertente.

O responsável anunciou ainda que a Câmara vai avançar com um programa de capacitação para o meio associativo em áreas como a contabilidade, programação, comunicação ou candidaturas, frisando que essa formação terá também como alvo a própria equipa municipal.

Paulo Pires avançou ainda que para as Grandes Opções do Plano de 2023 estará também espelhada “uma maior ligação entre a cultura e outras áreas”, como a educação, o turismo ou a intervenção social.

Durante o CMCC, foram votadas as cinco personalidades que serão convidadas a integrar aquele órgão.

Foram aprovados o físico Carlos Fiolhais (proposto pelo presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, e pela Fundação Inês de Castro), o arquiteto António Bandeirinha (proposto por várias entidades culturais), a ex-deputada do PS Teresa Portugal (proposta pela Associação Cristã da Mocidade) e o maestro do Coro dos Antigos Orfeonistas, Virgílio Caseiro (proposto pelo próprio coro).

Ao início, o quinto nome estava empatado entre a professora catedrática da Universidade de Coimbra Cristina Robalo Cordeiro, a bailarina e coreógrafa Madalena Vitorino e o músico Paulo Furtado, conhecido pelo seu projeto Legendary Tigerman.

No desempate, foi escolhido o nome de Cristina Robalo Cordeiro.

Na lista a votação, estavam nomes como o fundador da Ler Devagar e coordenador do festival literário Folio, José Pinho, a jornalista Anabela Mota Ribeiro, a poeta Raquel Lima, o artista André Cepeda, o investigador e docente António Pinto Ribeiro e o filósofo e professor Viriato Soromenho Marques.