O Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) divulgou um conjunto de recomendações, conjunturais e estruturais, para a redução do consumo energético e hídrico em instalações desportivas, face à crise no setor, informou hoje a entidade.

“Diante da atual conjuntura geopolítica e ambiental e alinhados com as diretrizes da União Europeia (UE), tornou-se urgente a adoção de medidas com vista à racionalização da utilização da energia e dos recursos hídricos, minimizando os impactos económicos e ambientais associados à sua produção e utilização”, lê-se no comunicado do IPDJ.

Neste conjunto de recomendações estão contempladas áreas como os sistemas de iluminação e equipamentos alimentados por energia elétrica, sistemas de climatização e ventilação, bem como os sistemas hídricos.

Depois de um período pandémico global que obrigou a um confinamento da população, que a afastou da prática desportiva, encerrar instalações deverá ser o último recurso. Acreditamos que este pacote de recomendações minimizem o impacto da escalada nos custos energéticos e contribua para uma solução que permita à população dar continuidade à prática de desporto e atividade física, sendo esta a principal preocupação do IPDJ”, realçou a entidade liderada por Vítor Pataco.

Entre a longa lista de recomendações, está a redução ao máximo a utilização de iluminação artificial, aproveitando, sempre que possível, a luz natural, devendo privilegiar-se a utilização dos espaços desportivos, ou outros, em horários que minimizem a necessidade de recorrer à iluminação artificial, bem como a alteração das rotinas de limpeza e manutenção, para horários em que seja possível a sua execução com iluminação natural.

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Reduzir, ou mesmo suprimir, a iluminação artificial não essencial de todos os espaços internos ou externos (por exemplo nos casos de iluminação meramente decorativa). A aplicação desta recomendação deve salvaguardar as questões de segurança dos locais”, sublinhou o organismo.

Também é recomendada a instalação sensores de presença nos balneários, espaços de trabalho e de circulação, interna e externa, que permitam a gestão da iluminação em função da ocupação dos espaços.

“Restringir a utilização dos meios mecânicos de elevação, sempre que existam, recomendando-se a adoção de medidas de sensibilização para redução da sua utilização, tornando preferencial o uso das escadas”, sugeriu também o IPDJ, que apontou igualmente para a necessidade de “restringir, ao estritamente necessário, a utilização de equipamentos elétricos de escritório, iluminação e de cozinha”.

Paralelamente, é solicitado que seja privilegiada, sempre que possível, a ventilação natural dos espaços evitando a utilização da climatização artificial, bem como manter fechadas as janelas e portas dos espaços onde seja absolutamente necessária a utilização do ar condicionado.