A Galeria Cristina Guerra Contemporary Art, em Lisboa, é uma das 283 galerias de 38 países que vão participar na feira de arte contemporânea Art Basel em Miami, Estados Unidos, em dezembro, anunciou a organização.

Com uma dimensão inédita em vinte anos de existência — a maior de sempre — a organização do certame pretende reforçar a posição como feira de arte contemporânea mais importante nas Américas, sublinha, numa informação no seu site.

A Galeria Cristina Guerra Contemporary Art, que participa desde a primeira edição da Art Basel em Miami, em 2002, irá levar obras de alguns dos artistas portugueses e estrangeiros que representa.

Contactada pela agência Lusa, Teresa Seabra, diretora executiva, indicou que a galeria se fará representar com obras de artistas portugueses como Julião Sarmento (1948-2021), da dupla João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira, e do angolano Yonamine, entre outros.

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Parte integrante do projeto de internacionalização da galeria, a deslocação, este ano, a Miami, nos Estados Unidos, traz “boas expectativas, depois do hiato da pandemia, e numa altura em que a Europa está a passar por um período mais instável”, apontou Teresa Seabra.

Globalmente, estarão expositores de 26 galerias de arte estreantes nesta edição prevista para decorrer entre 01 e 03 de dezembro, no Centro de Convenções de Miami Beach, com as pré-visitas a 29 e 30 de novembro.

Entre as galerias participantes contam-se também 11 galerias de arte do Brasil, maioritariamente de São Paulo, entre elas a Raquel Arnaut, Gentil Carioca, Luciana Brito, Milan, Casa Triângulo e Vermelho.

Das 26 novas galerias, participam, por exemplo, Paulo Kuczynski (São Paulo), Edel Assanti (Londres), Berry Campbell (Nova Iorque), José de la Mano (Madrid), Emalin (Londres), P21 (Seul), Rolf Art (Buenos Aires), Sophie Tappeiner (Viena), e Watanuki/Toki-no-Wasuremono (Tóquio).

Nesta edição de aniversário, a organização decidiu expandir a área de exibição para apresentar uma programação cultural que atravessará a cidade, nomeadamente com visitas a museus e coleções privadas.

O setor principal da feira vai apresentar 213 galerias com obras de arte em todos os suportes, desde pintura, escultura, fotografia e instalação.

Em destaque estarão desenhos e esculturas do artista ucraniano Nikita Kadan, alguns dos quais realizados no atual abrigo em Kyiv, pela Galerie Jérome Poggi, e uma instalação dupla dos artistas de Los Angeles Anabel Juárez e Greg Ito, cujo trabalho explora a experiência do imigrante através da pintura à escultura em grande escala, e instalação na parede, em exibição no expositor de Anat Ebgi.

Serão apresentadas novas obras de artistas como Tonia Nneji, em pinturas que dão continuidade à sua série “Uncommon Lands, Common Grounds”, de investigação do papel dos tecidos religiosos, apresentada pela Rele Gallery, ou pinturas materialmente abstratas de Leslie Martinez, e trabalhos de Ishi Glinsky , homenageando a conexão dos povos indígenas com a terra por meio da exploração de materiais, pela Chris Sharp Gallery.

Fotografias e esculturas de John Edmonds, da investigação sobre a forma humana e a arte africana na Company Gallery, e a exposição da recém-chegada Yavuz Gallery, de trabalhos de Pinaree Sanpitak, após a inclusão de seu trabalho na Bienal de Veneza de 2022, marcarão presença.

A feira continua a oferecer diferentes modelos de participação, com espaços para as emergentes, incluindo expositores conjuntos.