O PCP considerou esta sexta-feira que vai instalar-se “a confusão” na atribuição de competências com a criação da direção executiva do SNS, que será “mais um instrumento de agravamento” da situação no acesso à saúde.

“Prevemos que com a criação da direção executiva do Serviço Nacional de Saúde [SNS] se instale a confusão de competências atribuídas a outras estruturas, como é o caso da Administração Central do Sistema de Saúde”, sustentou o deputado comunista João Dias, num vídeo divulgado aos órgãos de comunicação social.

O PCP tem “fundadas razões” para acreditar que esta organização, que vai entrar em funções em 1 de outubro, vai ser “mais um instrumento de agravamento da situação já difícil do acesso da população aos cuidados de saúde”.

João Dias acrescentou que o partido tem “muitas reservas” em relação à criação da direção executiva, argumentando que “não vem resolver os problemas” existentes no SNS, nomeadamente a “necessidade de valorizar os seus profissionais, com carreiras e salários justos”.

Preocupa-nos que enquanto as unidades de saúde e os nossos hospitais continuam a ser estrangulados pelo Ministério das Finanças, que não lhes dá autonomia suficiente para contratar os profissionais e fazer os investimentos necessários, esta Direção Executiva tem toda a autonomia para contratar com os privados os cuidados que deveriam ser prestados dentro do SNS”, completou o membro do Comité Central do PCP.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR