786kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Morreu Pharoah Sanders, o saxofonista que tocava notas como emoções e que marcou o jazz americano

Este artigo tem mais de 1 ano

O músico que aspirava à ascensão espiritual através da música morreu este sábado, com 81 anos. Do começo a tocar com Coltrane aos muitos rumos que explorou, Pharoah Sanders marcou o jazz americano.

North Sea Jazz 2018 : Day Two
i

Pharoah Sanders fotografado a tocar, num concerto em 2018

Peter Van Breukelen/Redferns

Pharoah Sanders fotografado a tocar, num concerto em 2018

Peter Van Breukelen/Redferns

Morreu o norte-americano Pharoah Sanders, um dos músicos mais importantes da história do jazz americano. O saxofonista, nascido com o nome de batismo Farrell Sanders em Little Rock, capital do estado do Arkansas, tinha 81 anos.

A notícia é dada pela Luaka Bop, editora que lançou o seu último disco revelado em vida, um álbum intitulado Promises que o juntou a Floating Points (projeto musical da área da eletrónica, do produtor, músico e DJ britânico Sam Shepherd) e à Orquestra Sinfónica de Londres — e que, muito elogiado pela crítica musical, também o veio revelar a uma nova geração de ouvintes.

Em nota oficial, publicada na rede social Twitter, a sua última editora informou: “Estamos devastados por ter de partilhar a informação de que Pharoah Sanders faleceu. Morreu em paz esta manhã, em Los Angeles, rodeado pelos seus entes mais queridos, da família aos amigos. Será sempre e para sempre o ser humano mais bonito. Desejamos que possa descansar em paz”.

Um dos músicos mais inovadores e disruptivos do cânone jazzístico desde os anos 1960, figura decisiva do que ficaria conhecido como “jazz espiritual”, Pharoah Sanders tornou-se a meio dessa década — em 1965 — membro da banda de John Coltrane, tendo gravado com o também saxofonista (e figura cimeira do jazz) discos como Ascension e Meditations, álbuns de relevo da fase final da vida de Coltrane em que tocaram também músicos como Freddie Hubbard, Archie Shepp, McToy Tyner, Elvin Jones e Jimmy Garrison.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O saxofonista tenor colaborou ainda com músicos como Sun Ra, Ornette Coleman, Don Cherry (editando dois álbuns, um dos quais Symphony for Improvisers), Sonny Sharrock, Alice Coltrane — com quem gravou três álbuns, como A Monastic Trio e Journey in Satchidananda—, McCoy Tyner (com quem gravou Love & Peace e Blues for Coltrane: A Tribute to John Coltrane) e, mais recentemente, Kenny Garrett e Joey DeFrancesco.

Pharoah Sanders Photo of Pharoah Sanders Pharaoh Sanders North Sea Jazz 2018 : Day Two

Images of Jazz/Heritage Images via Getty Images

Enquanto líder de formações, Pharoah Sanders editou o seu primeiro álbum completo em 1965, Pharoah’s First, mas foi a partir do sucessor, Tauhid, editado em 1967 já na Impulse! (a mesma discográfica de John Coltrane, que nessa altura já morrera), que o seu percurso a solo se solidificou.

A sua discografia incluiria ainda dezenas de discos como líder, desde logo Karma (1969), Black Unity e Thembi (1971), Live At the East (1972) e Africa (1987). Nestes discos, Pharoah Sanders teve a tocar consigo músicos como Dave Burrell, Stanley Clarke, Leon Thomas, Billy Hart, Ron Carter, Lonnie Liston Smith, Cecil McBee, Roy Haynes e Idris Muhammad, entre outros.

Em 2020, numa entrevista ao The New York Times, Pharoah Sanders falava assim sobre a sua música e aquilo que o move: “Muitas vezes não sei o que quero tocar. Portanto, começo simplesmente a tocar (…) Posso tocar uma nota que pode significar ‘amor’. E depois outra nota pode significar algo completamente diferente. É continuar a fazer e a tocar até que algo se desenvolva — até que se desenvolva e torne algo lindo, talvez”.

Assine por 19,74€

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine por 19,74€

Apoie o jornalismo independente

Assinar agora