A guerra na Ucrânia está este sábado no 213.º dia, marcado pelos referendos nas regiões ocupadas pelos russos e pela demissão do vice-ministro da Defesa da Rússia. Aqui fica um resumo do que aconteceu na manhã deste sábado:

  • Continuam este sábado a decorrer em quatro províncias ucranianas ocupadas pelas tropas de Moscovo os referendos de adesão à Federação Russa — votações promovidas pelas forças russas e que a comunidade internacional já disse que não vai reconhecer como válidos. Os ucranianos estão a queixar-se de coação por parte das forças russas para votarem a favor da anexação.
  • A Rússia demitiu o vice-ministro da Defesa. O general do Exército Dmitri Bulgákov, responsável pelo abastecimento e munições, foi demitido do cargo “por ter recebido outro destino”, informou o governo de Moscovo em comunicado, sem acrescentar detalhes.
  • Há uma fila de cerca de 10 quilómetros na fronteira entre a Rússia e a Geórgia. As pessoas estão a ter de esperar mais de 20 horas para conseguir cruzar a fronteira. Na quarta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma mobilização parcial da população russa com o objetivo de recrutar cerca de 300 mil militares.
  • A Lituânia não vai dar o estatuto de refugiado aos russos que procurarem entrar no país para escapar à mobilização, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros daquele país no Twitter. “Os russos têm de ficar e lutar. Contra Putin”, escreveu o ministro Gabrielius Landsbergis.
  • O presidente do Conselho Europeu afirmou ser a favor de que a União Europeia abra as portas aos cidadãos russos que são objetores de consciência e que ignoram o apelo de Vladimir Putin.
  • Os comandantes russos estão “cada vez mais preocupados” com os recuos das forças da Rússia na Ucrânia, diz o Ministério da Defesa britânico num relatório sobre os desenvolvimentos no terreno publicado na manhã deste sábado.
  • O Chanceler alemão, Olaf Scholz, reiterou que o abastecimento energético para o inverno é seguro e salientou que o seu Governo está a preparar medidas para baixar os preços do gás e da eletricidade.
  • A construtora automóvel Toyota pôs fim à produção de veículos na Rússia. A empresa já tinha suspendido as operações na única fábrica na Rússia a 4 de março devido à interrupção no fornecimento de materiais e componentes essenciais.

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