O presidente do PS enviou este domingo uma mensagem ao congresso da FRELIMO, em que saudou o presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, e salientou a “cumplicidade incontornável” entre portugueses e moçambicanos.

Na mensagem que dirigiu ao congresso da FRELIMO, que decorre até quarta-feira, Carlos César transmite também uma saudação a esta força política moçambicana do secretário-geral do PS e primeiro-ministro português, António Costa.

Carlos César começa por lembrar que há 60 anos, nesta mesma data, a FRELIMO realizou o seu primeiro congresso “e com esse acontecimento inaugurou uma nova página na história de Moçambique, que viria a influenciar decisivamente todo o futuro do povo moçambicano”.

“Saúdo, por isso, não só todos os presentes, como todos aqueles que, mesmo já não estando entre nós, empenharam, ao longo do último meio século, os seus esforços na defesa do bem comum e da pátria moçambicana. Uma saudação também muito especial e fraterna ao Presidente Filipe Nyusi, e um caloroso abraço a todos os dirigentes que têm a missão de dar corpo e alma à ambição do partido na busca e na construção de um futuro melhor, com mais progressos económicos e sociais, mais justiça e paz duradoura”, referiu.

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O presidente do PS recordou depois a recente visita do primeiro-ministro a Moçambique e considerou que Portugal e este país “partilham profundos laços históricos e um percurso comum”.

“Mais do que o facto de partilharmos a quinta língua mais falada no mundo e o idioma mais falado no hemisfério sul do planeta — o que não é pouco –  entre portugueses e moçambicanos há uma aliança natural, uma cumplicidade incontornável. Os quilómetros que nos separam não impedem os sentidos que nos unem”, escreveu o antigo presidente do Governo Regional dos Açores.

Carlos César mencionou também a adesão da FRELIMO à Internacional Socialista em 1999.

“É bom lembrar que a FRELIMO tem realizado um importantíssimo trabalho na afirmação internacional do seu país, por exemplo, na persuasão dos diferentes Estados quanto à necessidade da ajuda aos governantes e aos moçambicanos que defendem a democracia, a sã convivência e a tolerância entre todos, especialmente entre os que se distinguem pela sua origem, pela sua religião, pela sua opção política ou por outras condições que os diferenciem”, sustentou.

Sobre a atual conjuntura mundial, Carlos César assinalou que se atravessa “um período particularmente difícil, repleto de incertezas e de desafios complexos.”

“Os partidos da nossa família política, no seu serviço público, devem orientar a sua ação, estejam no governo ou na oposição, combatendo as desigualdades, defendendo o Estado Democrático de Direito e impedindo os abusos de poder, protegendo os mais desamparados e as vítimas de violência, cuidando bem e de forma perdurável os recursos, construindo os caminhos e criando os meios — na economia, na educação, na saúde e na proteção social – que garantam a sustentabilidade das nossas sociedades”, acrescentou.