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A Meta, a empresa que controla o Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou que detetou duas redes de desinformação, uma com origem na Rússia e outra na China. A informação foi avançada através de um relatório, citado pela Associated Press e pelo Politico.

A tecnológica de Mark Zuckerberg indicou que as duas redes não estariam relacionadas. A tática passa por imitar o aspeto de meios de comunicação social legítimos, como o The Guardian ou o jornal alemão Der Spiegel. Os investigadores da Meta detetaram mais de 60 sites fraudulentos, que estariam a ser fortemente promovidos através de plataformas como o Facebook ou o Twitter.

Em vez de serem apresentadas as notícias legítimas publicadas por estes meios, a rede russa tentava apresentar narrativas onde era criticada a guerra na Ucrânia. Por exemplo, num site onde era imitado o aspeto do The Guardian, eram levantadas dúvidas sobre os crimes de guerra da Rússia na Ucrânia, por exemplo.

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A empresa refere que a rede russa criou mais de 60 websites que se faziam passar por meios de comunicação social legítimos, entre os quais o jornal britânico The Guardian e o alemão Der Spiegel. Em vez das notícias publicadas por estes meios, os sites falsos continham links onde era divulgada a narrativa russa sobre a invasão.

O relatório da Meta refere que, no caso da rede de origem russa, os mercados-alvo eram principalmente a Alemanha, França, Itália, Ucrânia e o Reino Unido, com narrativas fortemente centradas na guerra na Ucrânia e o impacto que está a ter na Europa. A Meta continua e explica que esta “é a maior e mais complexa operação russa encontrada desde que a guerra na Ucrânia começou”. Além do Facebook e Twitter, haveria ainda contas em aplicações como o Instagram, YouTube, Telegram, Change.org ou Avaaz.com.

Ao Politico, a Meta partilhou que não conseguiu atribuir a campanha de vários meses a um grupo específico de desinformação russa. No entanto, os indícios como o registo dos sites na Rússia, o uso do alfabeto cirílico ou ainda a alguns erros de tradução sugerem que a rede poderá mesmo ter tido origem na Rússia. Além disso, o facto de a rede ter começado após a Rússia invadir a Ucrânia também terá contribuído para esta teoria.

Já a rede chinesa teria objetivos ligeiramente diferentes, dirigindo-se aos mercados dos Estados Unidos e da República Checa. “Embora pequena em dimensão, estendia-se pelo Facebook, Instagram, Twitter e ainda por duas plataformas de petições na República Checa”, é possível ler no relatório da Meta. Esta terá sido a primeira rede chinesa desmantelada que estava mais focada em questões de política doméstica nos Estados Unidos, já em antecipação das eleições intercalares nos Estados Unidos.