O ministro dos Negócios Estrangeiros japonês, Yoshimasa Hayashi, convocou o embaixador russo no Japão, Mikhail Galuzin, para expressar um “enérgico protesto” pela detenção, na segunda-feira, em Vladivostok, do cônsul-geral nipónico, Motoki Tatsunori.

O governante exigiu ainda um pedido formal de desculpas do lado russo.

“Exorto vivamente o lado russo a levar a sério este pedido”, disse Hayashi, apelando a que se evite uma repetição dos acontecimentos no futuro.

“Não há absolutamente nenhuma prova de que (…) tenha estado envolvido em atividades ilegais como o lado russo afirma”, disse o diplomata ao canal de televisão Ameba News.

Hayashi denunciou igualmente o tratamento do cônsul-geral: “Foi vendado do princípio ao fim e as suas mãos e cabeça foram mantidas em baixo. (…) É extremamente lamentável que as ações do lado russo tenham sido uma clara e grave violação da Convenção de Viena sobre Relações Consulares e da Convenção Consular Japão-Soviética”.

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“O Serviço Federal de Segurança da Rússia no território de Primorsky frustrou uma ação de espionagem do cônsul-geral do Japão, Motoki Tatsunori”, informaram, na segunda-feira, as autoridades russas, em comunicado.

De acordo com a mesma nota, o diplomata japonês foi apanhado em flagrante quando recebeu informações de “circulação limitada” sobre a cooperação da Rússia com um dos países da região Ásia-Pacífico e sobre a influência da política de sanções ocidentais na situação económica no território de Primorye.

“Um protesto foi apresentado ao Japão e Motoki Tatsunori foi declarado ‘persona non grata’”, acrescentou-se no comunicado, no qual se referia ainda que o diplomata admitiu culpa.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia anunciou que Tatsunori tem 48 horas para deixar a Rússia, na sequência deste incidente.