Os bancos portugueses registaram resultados líquidos de 3.127 milhões de euros no primeiro semestre, tendo o rácio do crédito malparado caído para 3,4%, abaixo da linha vermelha de 5%, adiantou esta terça-feira o governador do Banco de Portugal.

Mário Centeno falava no encerramento da conferência “O impacto da nova ordem mundial na economia europeia”, organizada pelo jornal Eco, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, destacando a evolução do sistema bancário nos últimos anos.

Há um aumento dos resultados líquidos que é muito notório e consistente ao longo dos últimos anos, obviamente com a exceção de 2020. Os dados para 2022 mostram um reforço adicional dessa robustez”, disse.

Na apresentação que acompanhava o discurso, o governador do BdP indicava que os resultados líquidos do sistema bancário português se fixaram em 3.197 milhões de euros no primeiro semestre deste ano.

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“Boa parte deste resultado, olhando agora para o outro lado do balanço, é de uma redução do risco. Temos uma redução do risco do balanço dos bancos muitíssimo significativa. Foi a maior redução do risco do balanço dos bancos na área do euro desde 2017, ocorreu em Portugal”, frisou.

Mário Centeno destacou ainda que o rácio de empréstimos não produtivos (NPL) se situou abaixo do referencial de 5%.

Partimos de 17% em 2016 para valores inferiores a 4%”, destacou.

Segundo a apresentação, o crédito malparado caiu assim para 3,4% no primeiro semestre e quando líquido de imparidades para uma taxa de 1,6%.

Os dados oficiais do supervisor bancário serão divulgados esta quinta-feira, dia para o qual está prevista a publicação dos dados sobre a evolução do sistema bancário português.

De acordo com o último relatório do BdP sobre o sistema bancário português,o rácio de NPL bruto diminuiu 0,1 p.p. no primeiro trimestre deste ano face ao trimestre anterior, para 3,6%, quando no trimestre homólogo de 2021 se fixou em 4,6%.

Já o rácio de NPL líquido de imparidades manteve-se em 1,7%.

Segundo o relatório, o rácio de fundos próprios totais diminuiu 0,5 pp. face ao quarto trimestre de 2021, para 17,5% e a rendibilidade do ativo aumentou 0,28 pp. face ao primeiro trimestre de 2021, para 0,69% E o rácio de fundos próprios totais diminuiu 0,5 pp. face ao quarto trimestre de 2021, para 17,5%.