Os trabalhadores que recebem o salário mínimo nacional vão perder poder de compra pela primeira vez em nove anos. De acordo com o jornal Público, mesmo que em 2023 exista o aumento de 6,4% que o Governo prometeu e que a inflação fique nos 5,1% como é a previsão do Conselho das Finanças Públicas, a tendência de crescimento registada nos últimos anos será invertida.

Nos anos da troika, em que o salário mínimo esteve congelado nos 485 euros, os trabalhadores sentiram uma perda do poder de compra de 2011 a 2013, mas essa tendência foi invertida com o aumento do salário mínimo nos anos que se seguiram.

As subidas que em média se situaram nos 4,8% permitiram aos detentores do ordenado mínimo um aumento do poder de compra na ordem dos 3%, tendo também em conta as baixas taxas de inflação dos últimos anos — e que agora estão a ser contrariadas devido à guerra na Ucrânia.

Perante o atual cenário, o crescimento do poder de compra que tem sido registado para os trabalhadores com o salário mínimo nacional será interrompido, o que não acontecia desde 2013. As contas do jornal Público revelam que, com os dados conhecidos até então das previsões de inflação do Governo e do Conselho das Finanças Públicas, a perda deverá situar-se entre os 1,4% e 1,7%.

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