A Assembleia Municipal de Vila de Rei aprovou uma moção, por unanimidade, através da qual reivindica a colocação de um médico de família na Unidade de Cuidados de Saúde Primários (UCSP), onde 30% dos utentes não têm clínico atribuído.

Neste momento, a UCSP de Vila de Rei dispõe de dois médicos de família, sendo que um deles desempenha funções de diretor executivo do ACES (Agrupamento de Centros de Saúde) do Pinhal Interior Sul, não estando por isso a desempenhar funções a tempo inteiro e a outra médica de família desempenha a função de coordenadora da UCSP, retirando tempo disponível para o atendimento aos utentes”, referiu a Assembleia Municipal, num documento a que a agência Lusa teve esta terça-feira acesso.

Através da moção apresentada pelos deputados municipais do PSD e aprovada com os votos dos restantes deputados municipais (do PS) salienta-se que, segundo os dados disponibilizados pelo ACES Pinhal Interior Sul, “cerca de 30% dos utentes da UCSP de Vila de Rei encontra-se sem médico de família atribuído”.

“Pese embora a colocação temporária e a tempo parcial de uma médica de família, a mesma já foi recolocada a tempo inteiro na UCSP da Sertã”, sustentaram os deputados municipais.

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Adiantaram ainda que o concelho de Vila de Rei, no distrito de Castelo Branco, tem uma população residente de cerca de 3.500 habitantes, “maioritariamente idosa e que necessita de cuidados permanentes de saúde”.

“A juntar a todas estas preocupações verifica-se que os dois médicos de família colocados na UCSP de Vila de Rei se encontram perto da idade da reforma, sem que se afigure visível a colocação de novos médicos de família nesta UCSP”, acrescentaram.

Neste âmbito, a Assembleia Municipal de Via de Rei reivindicou junto das entidades gestoras do Serviço Nacional de Saúde (SNS), nomeadamente ACES Pinhal Interior Sul, Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, Administração Regional de Saúde do Centro e Ministério da Saúde, a colocação de um médico de família na UCSP, “seja através de contratação direta, através de recurso a médico tarefeiro ou contratualizando o serviço com o setor social ou privado”.

A moção seguiu também para conhecimento da Assembleia da República.