O Governo propôs esta quarta-feira aos parceiros sociais a reconversão do Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) num Fundo de Apoio à Autonomização de Jovens Trabalhadores, no âmbito da discussão na Concertação Social do acordo de rendimentos e competitividade.

A medida integra a proposta do Governo para um acordo de médio prazo de melhoria dos rendimentos, dos salários e da competitividade, que está a ser apresentado na tarde desta quarta-feira na Concertação Social.

O documento prevê a “reconversão do Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) num Fundo de Apoio à Autonomização de Jovens Trabalhadores e reforço do Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho (FGCT)”.

Esta medida faz parte do objetivo de atrair jovens e fixar talento no país.

As confederações patronais exigem há anos mudanças no FCT, defendendo que o fundo tem centenas de milhões de euros que estão parados e que são necessários à economia.

O FCT é um fundo financiado pelas entidades empregadoras, através de contribuições mensais de 1% sobre contratações feitas desde final de 2013, com vista ao pagamento de parte do valor das indemnizações por cessação do contrato de trabalho.

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O fundo foi criado na altura da troika e serviu na altura como contrapartida pelas alterações à lei laboral, nomeadamente a redução do pagamento das compensações por despedimento.

Ainda no objetivo de fixar jovens e atrair talento, a proposta do Governo prevê a criação de um programa anual de apoio à contratação sem termo de jovens qualificados com salários iguais ou superiores a 1.268 euros.

Prevê ainda neste âmbito o aumento do benefício anual do IRS Jovem e a extensão extraordinária do Programa Regressar durante a vigência do acordo (2026).