“O teu uniforme, a tua identidade, a tua escolha”. Foi com este lema que a Virgin Atlantic anunciou que alterou a sua política e que a tripulação pode agora escolher o uniforme com que mais se identifica — independentemente do seu género.

Para “promover a individualidade” dos seus elementos, a companhia aérea decidiu que os funcionários podem escolher qual das roupas desenhadas por Vivienne Westwood pretendem utilizar. Desta forma, as mulheres já não são obrigadas a utilizar blazer com saia vermelha ou os homens a utilizar blazer com calças bordô.

A Virgin Atlantic anunciou a mudança da sua política com um vídeo no Instagram, que contou com a participação de Michelle Visage, uma das juradas do programa Ru Paul’s Drag Race. Ao The Guardian, Michelle Visage disse que a iniciativa era importante e que as pessoas se sentem “empoderadas” quando estão a vestir aquilo que as melhor representa.

Jaime Forsstroem, membro da tripulação daquela que quer ser a “companhia aérea mais inclusiva dos céus”, explicou à Sky News que a atualização da “política de identidade de género é importante”. “Enquanto pessoa não-binária, [a alteração] permite-me ser eu próprio no trabalho e ter a escolha de que uniforme utilizar”, acrescentou.

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Por sua vez, o diretor comercial da companhia aérea, Juha Järvinen, disse que é “muito importante” que o staff  Virgin Atlantic da possa adotar a sua “individualidade” e ser o seu “verdadeiro eu” no local de trabalho.

Os passageiros e a tripulação da Virgin Atlantic também poderão solicitar crachás de pronomes no check-in para garantir que as outras pessoas utilizam os pronomes com que mais se identificam quando se dirigem a eles.

Já este ano, no mês de maio, a companhia aérea tinha anunciado a retirada da exigência da cobertura de tatuagens nos braços com camisas de manga comprida, maquilhagem ou adesivos por parte dos funcionários de atendimento ao cliente ou dos hospedeiros. As tatuagens faciais e no pescoço continuam a ter que ser cobertas, bem como aquelas que contêm palavrões ou referências a nudez, violência, drogas ou álcool.

Mais cedo, em 2019, a Virgin Atlantic tinha decidido eliminar o uso de maquilhagem por parte da tripulação feminina.