Madalia World é o nome do mundo virtual que criou um “gémeo digital” da Madeira – que até já foi reconhecido pelo Governo Regional da Madeira como um exemplo de metaverso. Esta é uma das grandes tendências do mundo tecnológico, onde são criados mundos digitais, que podem ser inspirados ou não na realidade. O facto de um mundo digital como a Madalia ser reconhecido por um governo, neste caso regional, é também uma estreia.

A Exclusible é uma plataforma sediada em Portugal, que começou pelos NFT de luxo (ativos não fungíveis), mas que depressa percebeu o potencial do imobiliário no metaverso. Através da plataforma da Exclusible é possível comprar propriedades no metaverso e até ilhas privadas.

Em comunicado, a Exclusible anuncia que, a partir desta quarta-feira, vai também passar a vender parcelas deste mundo digital Madalia World, que tenta representar com precisão não só a dimensão da Madeira mas também alguns dos locais reais da ilha. A Exclusible explica que “vai comercializar 500 parcelas de terreno únicas que compõem a Madalia World e que diferem em tamanho e em exclusividade”.

As propriedades virtuais vão ser vendidas na plataforma da Exclusible, em formato NFT, numa coleção que tem o nome “Pioneers Collection”.

A empresa explica que há diferentes ordens de valor nestas parcelas de terra, onde será possível “construir” de forma virtual. A aquisição das parcelas é feita com recurso a criptomoedas, neste caso através da Ethereum (ETH). As parcelas mais numerosas são as de dois mil metros quadrados (233), com um valor de 1 ETH. Seguem-se as parcelas de um hectare, com 144 disponíveis, que custam cada uma 5 ETH, um montante que ronda na altura de escrita os 6.761 euros. As propriedades virtuais de maiores dimensões, de três e de nove hectares são as mais caras: uma das 89 parcelas de três hectares custa 13 ETH, perto de 17.580 euros e as de nove hectares escalam até aos 28 ETH, a ultrapassar os 37.860 euros.

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A Exclusible defende que, através da aquisição destas parcelas, “existem oportunidades que não existem no mundo físico, como construir em zonas protegidas e certificadas pela UNESCO” ou a possibilidade de usar “kits de construção aplicáveis ao terreno virtual”, por exemplo. À semelhança das propriedades habituais do mundo real, também estas parcelas virtuais podem ser vendidas ou até arrendadas a outros utilizadores.

“Com o lançamento da Madalia, aumentamos a nossa presença no segmento dos mercados imobiliário e de luxo, e vamos continuar a perceber onde a comunidade Web3 quer estar e quais as experiências que procura”, explica Thibault Launay, CEO da Exclusible, citado em comunicado.

Especificamente com os projetos virados para o metaverso – ilhas privadas o Sandbox ou penthouses na plataforma Spatial – a Exclusible indica que “já gerou mais de cinco milhões de euros em projetos exclusivamente aplicados ao metaverso”.

Volta ao metaverso. Quem quer ditar tendências num mundo digital onde já se compram casas e moda de luxo?