A Apple removeu da sua App Store todas as aplicações que pertencem ao grupo de tecnologia VK, que detém a versão russa do Facebook — uma rede social chamada VKontakte. A informação é noticiada por meios de comunicação como o jornal britânico The Guardian e o site norte-americano especializado em tecnologia The Verge.

Deste modo, deixam de estar disponíveis na App Store — a plataforma que permite descarregar aplicações em suportes e produtos da Apple, como os iPhones — apps como a do VKontakte, o “Facebook russo”.

Em nota oficial publicada no seu site, o conglomerado russo de tecnologia já reagiu, reconhecendo que as aplicações “estão bloqueadas pela Apple” mas garantindo que vai “continuar a desenvolver e apoiar aplicações para o [sistema operativo] iOS”, refere o The Verge.

Ao mesmo site norte-americano, um porta-voz da Apple, Adam Dema, apontou: “Estas aplicações estão a ser distribuídas por operadores detidos na sua maioria ou maioritariamente controlados por uma ou mais partes sancionadas pelo governo do Reino Unido. Para não entrarmos em incumprimento com estas sanções, a Apple pôs termo às contas deste operador associadas a estas aplicações e estas não podem ser descarregadas de nenhuma App Store independentemente da localização [do utilizador]. Os utilizadores que já tinham descarregado estas aplicações poderão continuar a utilizá-las”.

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Esta última informação foi corroborada pelo grupo que detém o concorrente russo do Facebook. Na nota de reação, o VK garantiu que a aplicação continuará a funcionar em smartphones para utilizadores que já a tinham descarregado previamente, mas alertou que estes utilizadores poderão “deparar-se com dificuldades em funcionalidades como as notificações e os pagamento”, refere o The Guardian.

As sanções a que a Apple alude como justificação para esta decisão estão relacionadas com um novo pacote aprovado pelo Reino Unido esta segunda-feira, na sequência dos referendos “falsos” que estão a decorrer em quatro regiões da Ucrânia controladas pela Rússia. Estas sanções abrangem 23 executivos do banco russo Gazprombank, que tem ligações ao conglomerado de tecnologia VK.

Na Rússia, vários sites de redes sociais norte-americanas — como os de Instagram, Facebook e Twitter — estão atualmente bloqueados, explica ainda o The Verge.