O índice de confiança dos consumidores, medido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), baixou em setembro para os níveis mais baixos desde os primeiros tempos da pandemia (abril de 2020). O INE também confirmou que o indicador mais global de “clima económico” também voltou a baixar em setembro, tal como no mês anterior, afastando-se cada vez mais dos níveis mais positivos que se fixaram em fevereiro, mês em que começou a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Em nota divulgada esta quinta-feira, o INE afirma que “o indicador de confiança dos Consumidores diminuiu em setembro, atingindo o valor mais baixo desde o início da pandemia em abril de 2020 e situando-se num nível inferior ao observado em março quando se verificou a segunda queda mais intensa da série”. “O saldo das opiniões dos Consumidores sobre a evolução passada dos preços aumentou ligeiramente em setembro, renovando o valor máximo da série que havia sido registado nos dois meses anteriores, na sequência da trajetória marcadamente ascendente iniciada em março de 2021”, acrescenta o INE.

Já “o indicador de clima económico diminuiu em agosto e setembro, afastando-se do nível observado em fevereiro, em que atingiu o máximo desde março de 2019”, afirma o gabinete de estatística, acrescentando que “o indicador de confiança dos Serviços diminuiu expressivamente, tendo aumentado na Construção e Obras Públicas, no Comércio e na Indústria Transformadora, de forma ligeira nos últimos dois casos”.

Relativamente às perspetivas sobre a evolução do preços, o INE indica que “os saldos das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda aumentaram significativamente no Comércio e na Indústria Transformadora, embora situando-se ainda em níveis inferiores aos máximos das séries observados em março e abril, respetivamente”. “Este saldo também aumentou nos Serviços e na Construção e Obras Públicas, permanecendo em níveis inferiores aos máximos atingidos em abril e junho”, conclui.

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