“Esta é a maior bienal de sempre que vamos organizar com 18 exposições coletivas e individuais em Vila Nova de Gaia e 12 exposições fora deste concelho cujo objetivo é contribuir para a descentralização da arte”, disse à Lusa o diretor da iniciativa, Agostinho Santos.

Nas obras em exposição, de pintura, desenho, fotografia e escultura, os artistas vão abordar temas da atualidade que inquietam as pessoas, desde a guerra, e as invasões, à xenofobia, ao racismo, à violência doméstica e às desigualdades sociais, adiantou.

“Os artistas podem não mudar o mundo, mas podem contribuir para minimizar males e agitar a consciência das pessoas”, disse Agostinho Santos.

Em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, a Bienal Internacional de Arte decorrerá na antiga fiação de Crestuma, em Lever.

Já no resto do país são 12 os polos de exposição: Alfândega da Fé, Amarante, Esposende, Gondomar, Funchal, Lisboa, Mirandela, Oliveira do Hospital, Paredes, Paredes de Coura, Paços de Ferreira e Viana do Castelo.

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Congratulando-se com o “alargamento” desta iniciativa cultural a outros pontos do país, Agostinho Santos explicou que o intuito é “colocar em diálogo” os artistas envolvidos e dar a oportunidade aos artistas locais de mostrar o seu trabalho.

Entre as diferentes exposições, destaque para uma coletiva sobre o cancro onde, segundo o diretor da iniciativa, os artistas vão interpretar a sua visão sobre esta doença a partir de uma conversa com o investigador e médico português Sobrinho Simões.

Já com Ilda Figueiredo como curadora, e a propósito dos 50 anos dos 25 de Abril que se assinalam em 2024, estará patente a exposição “Revolução: 50 anos, 50 artistas”.

Em parceria com a Universidade do Porto, a bienal vai ter uma mostra dedicada à biodiversidade sob o título “Artistas pela Biodiversidade”, estando a curadoria a cargo da vice-reitora da instituição Fátima Vieira.

“Mais do que convocar artistas, a bienal quer incentivá-los a ter uma intervenção mais ativa nos problemas do dia-a-dia”, salientou Agostinho Santos.