O consul-geral do Brasil em Lisboa anunciou esta quinta-feira em conferência de imprensa que a greve dos funcionários locais do consulado-geral em Lisboa, marcada para entre 28 de setembro e 7 de outubro,”foi suspensa”.

Os funcionários do Consulado Geral do Brasil em Lisboa tinham entregado um pré-aviso de greve para o período de 28 de setembro até dia 7 de outubro, o que abrangia o dia das eleições presidenciais, marcadas para 2 de outubro, gerando receios de que o protesto pudesse afetar o ato eleitoral dos brasileiros que votassem em Lisboa.

“O Ministério das Relações Exteriores enviou daqui a Brasília uma equipa chefiada pelo diretor do departamento de administração e as conversações foram muito positivas. Têm ainda algum seguimento, mas dentro dessa boa vontade e de tudo o que conversamos, o pessoal contratado localmente decidiu suspender a greve”, afirmou o diplomata.

Wladimir Valler Filho fez ainda questão de sublinhar que, mesmo que a greve se tivesse mantido, os funcionários locais estavam disponíveis para trabalhar no dia das eleições.

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A 19 de setembro de 2022, o cônsul-geral do Brasil em Lisboa, confirmou a greve dos funcionários contratados localmente por aquela representação diplomática, mas garantiu que esta não afetaria as eleições, porque “já foram tomadas providências”.

Numa nota enviada à Lusa, o Consulado-Geral do Brasil em Lisboa afirmava que acompanhava “atentamente o tema” e que tinha “mantido o Itamaraty informado” em relação ao aviso de greve feito pelos funcionários contratados localmente.

“Em Lisboa haverá 58 urnas, e já foram convocados pelo TSE [Tribunal Supremo Eleitoral do Brasil) 232 ‘mesários'”, explicou o consulado, enquanto “o número de auxiliares administrativos contratados localmente pelo consulado que encaminharam o aviso prévio de greve é de 25”, adiantava.

Em Portugal, há 80.896 eleitores brasileiros registados para votarem em Portugal nas presidenciais do seu país.