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Pelo menos 24 civis, incluindo 13 crianças, foram encontrados mortos a tiro dentro dos seus carros, no nordeste da Ucrânia, perto de Kupyansk, anunciou este sábado o governador regional de Kharkiv, Oleg Synegoubov, no Telegram.

“Uma caravana de carros com civis mortos a bordo foi descoberto”, informou o governador, na sua conta da rede social Telegram, reportando a morte de “24 pessoas, incluindo uma mulher grávida e 13 crianças”.

Segundo Oleg Synegoubov, “os ocupantes [russos] atacaram aqueles civis que tentavam escapar aos bombardeamentos“. “É uma crueldade que não tem justificação”, acrescentou. O governador da região de Kharkiv, onde os corpos foram encontrados, disse que “a polícia e especialistas foram ao local” e que “está em andamento uma investigação”.

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Perante a contra-ofensiva ucraniana que se tem desenrolado nos últimos dias, os soldados russos têm recuado para leste, atravessando o rio Oskil, onde estão a ser confrontados pelas forças comandadas por Kiev.

Na quinta-feira, um oficial separatista pró-russo acusou o exército ucraniano de ter disparado contra uma caravana automóvel com civis, na região de Kharkiv, que teria matado 30 pessoas.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,4 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.