O primeiro-ministro está em Praga, para a primeira reunião da Comunidade Política Europeia e o Conselho Europeu informal, e aponta para a necessidade de “um mecanismo comum da União Europeia” para responder à crise, tal como aconteceu durante a pandemia. António Costa referia-se a mecanismos como o SURE e medidas pagas ao abrigo deste programa como o lay-off, dizendo que agora deve haver um “lay-on”.

À chegada para os encontros que decorrem quinta e sexta, Costa falou na necessidade de “ultrapassar em conjunto uma crise que é global” e não repetir o que se passou em 2008, perante a crise financeira. “A questão-chave é se vamos voltar a cometer o erro das crises de 2008 e que cada um toma medidas por si ou aprendemos as boas lições do Covid e percebemos que é fundamental termos um fundo comum para respondermos em conjunto ao desafio global”. Esta é a discussão que quer ver feita no Conselho informal que se reúne esta sexta-feira.

O primeiro-ministro foi questionado sobre os pacotes de ajuda que estão a ser aplicados por alguns estados membros, nomeadamente o alemão (de 200 mil milhões de euros de apoios às famílias e empresas) e considera que “para além da capacidade própria de cada país é fundamental ter um mecanismo comum da União Europeia. O que aconteceu no Covid é que fomos capazes de ultrapassar as os limites da intervenção individual” de cada um dos estados, continuou o primeiro-ministro em resposta aos jornalistas.

A propósito deu o exemplo do SURE, criado pela UE para “apoiar o emprego e manter as pessoas no mercado de trabalho durante a pandemia”, dizendo que neste momento “o mecanismo deve ser lay-on: apoiar as mepresas para que mantenham a atividade para que apesar do brutal aumento dos custos da energia mantenham a empresa e os trabalhadores”. “Antes era pagar para estar em casa agora é pagar para continuar”, disse comparando este mecanismo ao lay-off criado na pandemia.

Costa foi ainda questionado sobre a dívida comum que defender já ter provado “ser uma boa solução”. Mas foca-se sobretudo na disponibilidade de recursos para avançar com um pacote de medidas comum de resposta à atual crise. “Está por demonstrar que não haja entre recursos disponíveis na UE capacidade orçamental para, pelo menos, se avançar como no âmbito do SURE. E insiste que “antes de se começar a discutir se é precisa nova dívida, pode-se fazer uma discussão mais prática que é saber se dos recursos já existente e mobilizados pela UE o que está disponível para mobilizar um programa desta natureza”.

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