A cidade de Lamego vai ter uma residência para 46 estudantes bolseiros que frequentam o Ensino Superior, um investimento total de 1.786.347 euros, anunciou esta sexta-feira a Câmara.

A obra, que deverá arrancar durante o primeiro semestre de 2023, resulta de uma candidatura apresentada pelo município, em parceria com o Instituto Politécnico de Viseu, no âmbito do programa Alojamento Estudantil a Custos Acessíveis, que será financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Segundo a autarquia, “o novo alojamento para estudantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego (ESTGL) vai nascer no coração do centro histórico da cidade, na Praça do Comércio e na Rua da Cadeia”.

“Juntará dois edifícios, com cerca de 150 anos, que a câmara municipal já adquiriu para requalificar”, explicou, acrescentando que, do investimento total previsto de 1.786.347 euros, “a autarquia terá de assumir 284.217 euros de investimento não financiado”.

Com a localização da residência de estudantes no centro histórico, a Câmara de Lamego pretende, por um lado, “atrair novas dinâmicas e atividades” e “fixar população jovem” naquela zona da cidade e, por outro, “impulsionar o processo de reabilitação urbana desta zona nobre, nomeadamente do setor privado”.

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A concretização deste novo projeto é uma ambição antiga e vai reforçar o crescimento e a consolidação do Ensino Superior público em Lamego, que regista uma procura crescente, conforme aconteceu no início deste ano letivo”, referiu o presidente da Câmara de Lamego.

No seu entender, “a não existência de uma estrutura residencial deste tipo, numa instituição onde 80% dos alunos chegam de fora do concelho, e onde o mercado de arrendamento não consegue dar resposta”, era um problema que preocupava a autarquia.

“Acredito que este novo investimento também dará o pontapé de saída para o processo de rejuvenescimento da zona alta da cidade, com a presença de mais jovens e mais dinâmica económica, impulsionando a recuperação e a revitalização de toda a Praça do Comércio” acrescentou.

Os edifícios que serão adaptados para a residência de estudantes têm um logradouro interior comum, que servirá de apoio e fará a ligação entre os dois edifícios.

A residência terá diversas tipologias e áreas comuns, como cozinha, salas de refeições, de convívio e de estudo e lavandaria, entre outras.

Depois de concluídas as obras, a gestão do equipamento será assumida pela ESTGL.