A Câmara Municipal do Porto confirmou esta sexta-feira que o diretor artístico do Museu da Cidade, Nuno Faria, vai deixar o cargo por “visões não convergentes para o futuro”, ficando a equipa da instituição a assegurar as suas funções.

Em resposta à agência Lusa, na sequência de notícias avançadas pelo Jornal de Notícias e pelo Público, a autarquia confirmou que Nuno Faria vai deixar a direção artística do Museu da Cidade bem como a empresa municipal Ágora, na qual era responsável pela divisão de museus e coleções.

A saída, justificada pela Câmara do Porto por “visões não convergentes para o futuro”, deverá acontecer “nos próximos dias”.

As funções de Nuno Faria serão desempenhadas pela restante equipa do Museu da Cidade, adiantou a autarquia.

A Lusa tentou contactar Nuno Faria, mas até ao momento não obteve resposta.

O Museu da Cidade do Porto é composto por 17 espaços, designados por estações, de natureza diversa como espaços arqueológicos, reservatórios, espaços industriais, com jardins, quintas e parques, bibliotecas e o arquivo histórico. Os mais conhecidos são a Casa do Infante, a Casa Guerra Junqueiro, a Casa Tait e o Matadouro.

A Extensão do Romantismo do Museu da Cidade, antigo Museu Romântico, que reabriu portas a 28 de agosto de 2021, foi alvo de críticas pelas alterações feitas, tendo motivado uma petição, intitulada “Pela reposição dos interiores oitocentistas do Museu Romântico da Quinta da Macieirinha no Porto”, que alcançou 4.000 assinaturas.

Instalado na Quinta da Macieirinha, a antiga casa de campo abriu como núcleo museológico em 1972 como Museu do Romântico, centrando a sua narrativa no rei do Piemonte e da Sardenha, Carlos Alberto, que, aí exilado, veio a passar os seus últimos dias.

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