No dia em que a Ucrânia denunciou um ataque que provocou três mortos na região de Zaporíjia, recentemente anexada pela Rússia, o Presidente Vladimir Putin garantiu que estão a trabalhar para estabilizar os novos territórios.

“Trabalhamos com o pressuposto de que a situação vai estabilizar para podermos desenvolver esses territórios tranquilamente e ajudar-vos a desenvolverem o país em geral”, afirmou Putin, citado pela Sky News.

O líder russo disse ainda que, “apesar das recentes tragédias”, a Rússia sempre respeitou o povo e cultura da Ucrânia, uma postura que diz contrastar com a forma como foi tratada a cultura e língua russa.

As declarações surgem depois de, na quarta-feira, Putin ter assinado decretos que reconhecem as regiões ucranianas de Lugansk, Donetsk, Kherson e Zaporíjia como parte da Federação Russa.

Esta quinta-feira, 225.º dia de guerra na Ucrânia, também ficou marcada pela acusação do Kremlin de que o Presidente Zelensky “apelou” a uma guerra mundial durante um discurso dirigido ao think tank australiano Lowy Institute.

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Dmitry Peskov criticou a sugestão de Zelensky de que a NATO deve lançar ataques preventivos como forma de garantir que a Rússia não use armas nucleares, segundo a agência RIA.

Durante a intervenção, o líder ucraniano disse acreditar que eram necessários ataques para excluir a utilização de armas nucleares, sem contudo especificar que tipo de armas seriam usadas para esse fim. Zelensky pediu que o mundo demonstre “força” após a anexação russa de quatro regiões ucranianas.

“O líder da Rússia está agora a analisar cuidadosamente a reação do mundo aos falsos referendos que ele organizou em solo ucraniano e ao anúncio da anexação do nosso território. Está interessado em saber se ainda tem potencial para escalada. Se a reação do mundo for fraca agora, a Rússia apresentará uma nova escalada”, afirmou.