A Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC) elaborou uma proposta de investimento à Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), no valor de 90 milhões de euros, destinados ao património cultural da região.

A DRCC preparou três documentos que orientam o investimento no âmbito do Programa Operacional da Região Centro (Centro 2030), e, para isso, realizou um diagnostico prévio com o levantamento de todas as necessidades da região Centro.

O estudo contou também com a participação de todos os responsáveis pelo património na região.

“Decorreu desse diagnóstico a elaboração de um Plano Estratégico de Reabilitação do Património que foi já submetido à CCDRC, que é a entidade responsável pela gestão de fundos, e que conta com uma proposta de investimento na ordem dos 90 milhões de euros, a concretizar ao longo da próxima década”, revelou esta sexta-feira, durante a visita às obras que decorrem na Sé Velha de Coimbra, a diretora Regional de Cultura do Centro, Suzana Menezes.

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Outro dos documentos, que também já foi entregue à CCDRC, foi o Plano de Requalificação do Setor Museológico da Região Centro.

Neste momento, estamos a finalizar um terceiro documento de proposta de investimentos que tem a ver com a reabilitação e a valorização por via da conservação e restauro de património móvel e património móvel integrado”, acrescentou.

Nesta proposta estão investimentos de reabilitação e valorização de altares, dos elementos de pedra e de “tudo aquilo que cria um sentido de unidade aos monumentos, e que não foi trabalhado no atual quadro comunitário”.

Atualmente, uma das obras que está em curso, financiada pelo Programa Operacional da Região Centro (Centro 2020), é a Sé Velha de Coimbra, no valor de cerca de 470 mil euros.

Após um estudo prévio, os trabalhos passam pela intervenção na proteção da envolvente, quanto aos riscos da entrada de águas pluviais, estando neste momento já ser tratada a cobertura da Sé Velha.

A solução “mais duradoura” passa pela criação de um telhado, semelhante ao já tinha existiu em 1927, de modo a resolver as infiltrações de águas pluviais no monumento, explicou Suzana Menezes.

Estão a ser executados trabalhos de conservação e restauro do revestimento cerâmico da torre da lanterna e restauro de elementos pétreos na fachada e em alguns sítios do claustro.

A obra de requalificação e restauro da Sé Velha começou em maio e está prevista terminar também no mês de maio de 2023.