Início da pré-temporada, pausa para os compromissos da Seleção que conquistou a primeira edição da Finalíssima frente à Espanha. Um par de treinos após o regresso, a decisão da Supertaça, a estreia na fase regular da Liga, mais uma pausa para os jogos de Portugal que ganhou a Bielorrússia e Lituânia na fase de apuramento para o próximo Campeonato do Mundo. Agora, mais um par de treinos e segunda jornada da Liga, neste caso com mais um dérbi. O arranque de época no futsal tem sido novamente atípico devido aos muitos compromissos mas Benfica e Sporting mediam forças já pela segunda vez em dois meses.

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Olhando apenas para o histórico recente, os leões partiam como teóricos favoritos em mais uma visita ao Pavilhão da Luz tendo em conta as nove vitórias nos últimos 11 jogos com os encarnados, sendo que um outro que terminou empatado valeu depois o triunfo nas grandes penalidades na última Supertaça. O Benfica somava apenas um triunfo nesse hiato desde junho de 2021, curiosamente na fase regular da Liga na última temporada e jogando em casa. Era esse o contexto que voltava agora a surgir, num dérbi que pelo facto de não decidir nada nesta fase poderia ser ainda melhor e mais aberto para os treinadores.

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“Queremos ganhar. São três pontos importantes porque todos os pontos contam. Queremos terminar a primeira fase em primeiro lugar para podermos jogar depois o maior número de partidas em casa no playoff. Vamos jogar com essa intenção, com confiança no nosso trabalho, de fazer mais três pontos e de vencer um rival direto. Precisamos dos adeptos e esperamos e que os pavilhões da Luz sejam sempre recintos complicados para quem cá vier jogar. Para este jogo, eles são importantíssimos para o nosso êxito. Queremos retribuir com títulos a ajuda que nos dão”, destacara Pulpis, técnico dos encarnados que ainda procura chegar ao primeiro troféu pelo Benfica depois de ficar próximo em todos no último ano.

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“Houve a dificuldade de termos jogadores a regressarem da Seleção. Treinámos durante dez dias apenas com cinco elementos de campo e nunca é fácil, por mais qualidade que os juniores tenham, e estamos muito satisfeitos com a ajuda que nos têm dado, a forma de preparar o jogo não foi a que mais gostamos. O Benfica passou pela mesma situação. Nestes últimos treinos tentámos aproveitar o tempo da melhor forma possível, dentro daquilo que já idealizámos como plano de jogo. Supertaça? Os jogos são todos diferentes, há coisas boas e coisas más. Temos de retirar ideias, perceber o que podemos melhorar dentro das coisas positivas e corrigir aquilo que não está tão bem. Por exemplo, podemos finalizar melhor, mas temos muitas oportunidades e isso é positivo. É importante criar e concretizar”, salientara Nuno Dias, treinador da equipa verde e branca que leva oito títulos nacionais consecutivos nas últimas épocas.

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Ao contrário do que se esperava, o jogo acabou por ter menos pontos de interesse do que é normal, com as equipas a terem dificuldades em superar as dimensões defensivas do adversário. Assim, os golos surgiram apenas no segundo tempo e, num dérbi com 22 faltas, três livres diretos e jogado de forma correta, os leões prolongaram a série de jogos sem derrotas com os encarnados empatando no último minuto.

Os cinco minutos iniciais não tiveram praticamente remates e oportunidades, com Guitta a fazer a única grande intervenção em mais um remate de Diego Nunes (5′). Depois, em resultado das trocas que ambas as equipas iam fazendo e das dificuldades que os encarnados enfrentavam em ataque organizado nos últimos 10/12 metros, o Sporting cresceu e criou várias situações de remates perigosos sempre travados por Leó Gugiel, titular em vez de André Sousa. O brasileiro que chegou esta época da Rússia para a baliza dos encarnados foi também arriscando subidas e foi num desses lances que Rocha permitiu a defesa a Guitta sozinho na área (15′) antes de Leó Gugiel ficar também próximo de marcar. Perto do intervalo, Gonçalo Sobral acertou na trave antes de mais uma grande defesa de Guitta que segurou o nulo (19′).

O segundo tempo começou por ficar marcado por um choque aparatoso de Diego Nunes e Pany Varela com a mesa dos árbitros, o que deixou limitados ambos os jogadores entre muita apreensão na Luz durante alguns minutos. Em paralelo, o Benfica chegou muito cedo à quinta falta, quando faltavam ainda mais de 12 minutos por jogar, o que iria mudar a forma de jogador dos encarnados sem bola até o Sporting fazer também a quinta infração a oito minutos do final, sendo que menos de 20 segundos depois a formação encarnada teve um livre direto com Arthur a inaugurar o marcador (32′). Diogo Santos, júnior que fazia a estreia pelos leões, ainda acertou no poste (35′) antes de Arthur falhar um novo livre direto (36′) e também Chishkala não fazer melhor, tendo ainda atirado ao poste na recarga (38′). No entanto, as contas não estavam resolvidas e Sokolov, após passe de Pany Varela fez o empate a menos de 30 segundos do fim.