Cinco arguidos ficaram em prisão preventiva pela prática, em coautoria, dos crimes de rapto, roubo e ofensa à integridade física, informou esta quinta-feira a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).

Segundo a PGDL, um dos arguidos chegou a acordo com familiares da mulher da vítima, descontentes com a separação do casal, para o agredir e o obrigar a pagar 30 milhões de rupias, o equivalente a 45 mil euros.

Este arguido está indiciado de recrutar os restantes quatro elementos e, em conjunto, a 26 de agosto passado, depois de atraírem o ofendido a uma residência na zona de Odivelas, o espancaram violentamente.

Depois, e de acordo com o Ministério Público, apropriaram-se dos auscultadores e do telemóvel da vítima, aparelho que ainda usaram para fazer uma videochamada para a India, onde se encontravam o sogro e o cunhado do ofendido.

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Tendo recebido de um dos interlocutores incentivos nesse sentido, voltaram a agredir a vítima, questionaram os motivos da separação e, mediante ameaça de morte, disseram-lhe que, na India, a sua família teria de pagar à da mulher os referidos 30 milhões de rupias”, descreve a PGDL.

Depois de várias horas retido, o ofendido foi conduzido e deixado, por alguns dos arguidos, no Campo Grande, em Lisboa. Tanto arguidos como vítima são de origem hindustânica, indica a PGDL.

Na sequência de interrogatório judicial, o juiz de instrução criminal decidiu aplicar a todos os detidos a medida de coação mais gravosa, ou seja, prisão preventiva.

A investigação, que se encontra a cargo da Polícia Judiciária, é dirigida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.