Depois da derrota com o Liverpool, há uma semana, o Manchester City entrava em campo com a noção clara de que perder pontos era praticamente proibido para não abrir uma vantagem demasiado relevante para liderança da Premier League. Este sábado, depois da tal derrota contra os reds e do empate anterior com o Copenhaga para a Liga dos Campeões, a equipa de Pep Guardiola recebia o Brighton com pouca margem de erro.

“Estamos concentrados no quão bons eles são. Temos de estar prontos. De outra forma, não vamos conquistar pontos. São uma das poucas equipas da Liga que conseguem ficar com a bola e saber exatamente aquilo que precisam de fazer com ela. O passado é o passado, já esquecemos. Claro que aprendemos a lição, tanto dentro como fora de campo. Mas, se nos focarmos no passado, perdemos o foco no presente e no futuro. O Liverpool já passou à história e o Brighton é o nosso futuro. Ainda só passaram 10 jogos e o Mundial aparece no meio, competições europeias, lesões, muitos jogos. Ainda só passaram 10 jogos. O nosso futuro é o Brighton”, explicou Pep Guardiola na antevisão da partida.

A quatro pontos de um líder Arsenal que só entra em campo este domingo, o Manchester City tinha a possibilidade de ficar a apenas um ponto dos gunners. Para isso, porém, precisava de vencer um Brighton que fez um grande início de temporada mas que tem vindo a cair desde a saída de Graham Potter para o Chelsea e da entrada de Roberto De Zerbi — que visitava o Etihad ainda sem qualquer vitória. Assim, Guardiola lançava Rúben Dias, João Cancelo e Bernardo no onze, com Mahrez e Grealish a surgirem no apoio a Haaland e Phil Foden a começar no banco.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Os citizens abriram o marcador ainda dentro da primeira meia-hora, com Haaland a responder da melhor forma a um lançamento longo de Ederson: o norueguês recebeu, bateu o guarda-redes quando Sánchez tentou sair e voltou a ganhar a um defesa adversário no confronto físico antes de atirar para a baliza deserta (22′). Ainda antes do intervalo, apareceu o segundo golo. Bernardo sofreu falta de Dunk na grande área e Haaland, depois de o VAR considerar que existia grande penalidade, converteu o castigo máximo para bisar e aumentar a vantagem do Manchester City (43′).

Guardiola não mexeu ao intervalo e De Zerbi aproveitou para trocar Lallana por Lamptey, com o Brighton a relançar por completo a partida ainda dentro dos primeiros 10 minutos da segunda parte. O Brighton desequilibrou muito bem na esquerda e Trossard, à entrada da grande área, atirou um grande pontapé cruzado que não deu hipótese a Ederson (53′). A equipa do sul de Inglaterra conquistou algum equilíbrio na partida, construindo várias oportunidades e situações de perigo junto à baliza adversária, e Guardiola procurou agitar as águas com a entrada de Foden.

A 15 minutos do fim, a fortaleza do Brighton caiu. Bernardo conduziu pela esquerda, solicitou De Bruyne no corredor central e o belga, com um grande pontapé à entrada da grande área, voltou a bater Sánchez e fechou as contas da partida (75′). Até ao fim, à exceção das entradas de Cole Palmer e Julián Álvarez, pouco aconteceu: o Manchester City voltou às vitórias contra o Brighton e está agora à condição a apenas um ponto do Arsenal, ficando à espera do resultado dos gunners contra o Southampton este domingo. Haaland fez mais dois golos e continua a ameaçar todos os recordes da Premier League, De Bruyne fez magia, Bernardo foi crucial — e o Manchester City ganhou.