A Pfizer está a ser investigada pelas autoridades italianas, que alegam que a gigante farmacêutica “escondeu”, pelo menos, 1,2 mil milhões de euros em lucro, ao transferir dinheiro para as unidades de outros países, revelaram à Bloomberg fontes próximas  da investigação.

De acordo com a polícia financeira, a Pfizer Italia Srl, unidade da farmacêutica deste país, com sede nos arredores de Roma, terá transferido lucro para as empresas afiliadas nos Estados Unidos (Pfizer Production LLC e Pfizer Manufacturing LLC, com sede em Delaware) e na Holanda. O objetivo passaria por evitar impostos sobre esse valor, que poderia chegar aos 26%.

Os alegados crimes terão ocorrido em 2017, 2018 e 2019, anos que estão a ser investigados, e em que a Pfizer gerou, globalmente, um total de 33 mil milhões de dólares em lucros ajustados. De acordo com as autoridades italianas, a Pfizer Itália não terá distribuído os dividendos, remunerando os acionistas por meio da redução do capital social da empresa, avançaram as mesmas fontes.

Quando a investigação (que começou em fevereiro de 2022) terminar, os resultado serão revistos pelas autoridades fiscais italianas, que têm a autoridade para requerer e avaliar alegadas multas e pagamentos ao Estado, caso considere necessário, explica a Bloomberg.

A farmacêutica nega o desvio do excedente de capital para as outras empresas: “As autoridades fiscais italianas rotineiramente aditam e investigam os impostos da Pfizer e a Pfizer coopera com essas auditorias e investigações”, disse Pal Eisele, porta-voz da gigante farmacêutica à agência de notícias. “A Pfizer está em conformidade com as leis e requisitos ficais em Itália.”

A notícia surge depois de, na quarta-feira, 26 de outubro, Giorgia Meloni, primeira-ministra italiana, ter dito no parlamento que na sua administração as autoridades fiscais estariam mais focadas nas grandes multinacionais.

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