A nova sondagem da Intercampus para o Negócios, o CM e a CMTV mantém o PS como o partido mais votado, mas encurtando a margem para o PSD para apenas 3,5 pontos. Quem também perde no barómetro de outubro é Marcelo Rebelo de Sousa, depois das polémicas declarações sobre os abusos sexuais na Igreja.

A distância entre PS e PSD está a encurtar consecutivamente há três meses, mas os números indicam que em outubro tal acontece mais pelas perdas do PS (que caiu 2,3 pontos percentuais face a setembro) do que pelos ganhos do PSD (que num mês, só subiu 0,1 pontos percentuais). O PS, se as eleições fossem hoje, conseguiria 28,3% dos votos, enquanto o PSD ficaria em 24,8%. São apenas 3,5 pontos a separar o partido de António Costa e o de Luís Montenegro.

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Esta é a primeira vez desde a eleição de Montenegro para líder dos social-democratas que uma sondagem dá menos de 30% ao PS, de acordo com os dados agregados pelo Observador. Ainda assim, desde que Montenegro foi eleito até agora, o PSD continua com uma média das intenções de voto (juntando as sondagens já disponíveis) inferior (26,26%) ao resultado que obteve nas legislativas (cerca de 27,6%).

Na sondagem da Intercampus, o partido que mais ganha é a Iniciativa Liberal — mais 2,1 pontos percentuais para 7,3% das intenções de voto. Ainda assim, não é o suficiente para tirar o terceiro lugar ao Chega. O partido de André Ventura manteve os 9,2%. O Bloco de Esquerda também ganha, 0,9 pontos percentuais, para 6,1%. Assim como o Livre (2,2%), que passa o PAN (1,8%). Já a CDU e o CDS perdem votantes.

A sondagem faz ainda uma avaliação dos líderes políticos. Numa escala de 1 a 5 (em que 5 é a melhor avaliação), António Costa pontua 2,8 (o mesmo que Luís Montenegro), voltando a terreno negativo. Os restantes líderes partidários têm nota negativa. Marcelo Rebelo de Sousa, por sua vez, consegue nota positiva, mas cai nas avaliações 0,3 pontos para 3,2, depois das polémicas declarações sobre os abusos sexuais na Igreja.

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No Governo, quem está com melhor classificação é a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, com um saldo de 5% e quem tem o saldo mais negativo é o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos (-12%).