Um golo, uma assistência, três encontros consecutivos do início ao fim, três vitórias. O episódio ocorrido na receção do Manchester United ao Newcastle, em que Cristiano Ronaldo se recusou a entrar nos minutos finais e acabou a treinar à parte excluído do encontro frente ao Chelsea, funcionou como ponto de inversão no trajeto do português com Erik ten Hag no comando, com o regresso a trazer aquilo que era mais normal com o número 7 ainda que sem o mesmo rendimento que era normal no número 7. E foi isso que voltou a acontecer em Birmingham, com o português não só como titular mas também como capitão.

“É muito profissional, está inserido no grupo, é um líder e uma parte importante da equipa. E em Espanha é uma grande ameaça para qualquer defesa, usa todos os espaços”, tinha destacado Ten Hag após o último jogo com a Real Sociedad. “Nada mudou, quando se é um capitão e um líder é necessário dar um exemplo aos outros. É o que espero dele. É uma parte importante da equipa e estamos satisfeitos com ele e com o papel que tem na equipa”, acrescentou nas entrevistas rápidas antes do jogo com o Aston Villa.

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Com Bruno Fernandes de fora e Harry Maguire no banco, Ronaldo voltou a ser o capitão do Manchester United dez meses depois mas essa posição acabou por coincidir com o regresso da pior versão dos red devils sobretudo no plano defensivo, com Leon Bailey a inaugurar o marcador com um remate cruzado na área (7′) e Lucas Digne a aumentar a vantagem com um fantástico livre direto (11′). Jacob Ramsey, após remate de Luke Shaw, reduziu o avanço com um autogolo em cima do intervalo mas não demorou a fazer o 3-1 logo após o reatamento (49′) num encontro onde foi o MVP com um golo e uma assistência.

Já Ronaldo voltou a ficar em branco depois da assistência para Garnacho em Espanha a meio da semana, dando sobretudo nas vistas por uma “pega” com Tyrone Mings a meia hora do final que não é nada habitual no número 7 mas que lhe valeu um cartão amarelo. E há uma outra estatística que mostra bem a época atípica que o avançado enfrenta: quando estamos apenas a uma semana da paragem, o capitão tem apenas um golo e fez mais faltas do que remates enquadrados nos 519 minutos de utilização na Premier.