A derrota com a Lazio no dérbi da capital italiana, associada à vitória da Juventus frente ao Inter Milão, fez com que a Roma caísse para o sexto lugar da Serie A. Ou seja, fez com que a equipa de José Mourinho saísse da zona de apuramento para a Liga dos Campeões numa altura em que a interrupção das competições internas para o Mundial do Qatar está prestes a bater à porta.

Esta quarta-feira, contra o Sassuolo e na penúltima jornada antes do Campeonato do Mundo, a Roma tinha obrigatoriamente de dar uma resposta para não perder demasiado terreno que depois teria de reconquistar em janeiro. Na antevisão, Mourinho recusou abordar a derrota contra a Lazio — mas não esqueceu a falta que Dybala, que se lesionou há cerca de um mês, tem feito à Roma.

Mourinho nunca foi tão feliz mas há dias em que até a pura felicidade esbarra na dura realidade

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Não vamos falar do jogo com a Lazio. Se tivesse vencido um jogo da forma que Sarri venceu aquele jogo, estava morto. Os outros choram e eu também posso chorar, o Dybala esteve estes jogos todos fora. Vencemos o Inter Milão porque ele marcou, empatámos com a Juventus com uma assistência dele. Com o Sassuolo, a reação que espero é a mesma de sempre quando perdemos um jogo. Esta é uma equipa que sofre quando perde. Vamos ter um jogo difícil mas espero todo o empenho para podermos voltar a sorrir”, explicou o treinador português.

Assim, em Sassuolo, Mourinho lançava Volpato, Zaniolo e Shomurodov no ataque, deixando Tammy Abraham e Belotti no banco e respondendo à lesão de Pellegrini, que saiu magoado da receção à Lazio e só deve voltar em 2023. Do outro lado, o internacional italiano Domenico Berardi era suplente, já que tem estado a braços com uma lesão intermitente que não lhe tem permitido apresentar-se ao melhor nível pela equipa que está atualmente na segunda metade da Serie A.

A primeira parte não teve golos e praticamente não teve oportunidades, com o Sassuolo a aplicar uma pressão alta que não permitiu à Roma aventurar-se muitas vezes no meio-campo adversário. A equipa da casa teve mais aproximações à baliza de Rui Patrício, contudo, acabou por ser Zalewski a ter a melhor ocasião de golo antes do intervalo, com um pontapé por cima já na grande área na sequência de um cruzamento de Çelik na direita (44′).

Nenhum dos treinadores mexeu no início da segunda parte e não foi preciso esperar muito para perceber que o Sassuolo estava perfeitamente confortável com o empate e com o ponto conquistado — um cenário que, naturalmente, não era partilhado pela Roma. Mourinho fez as. primeiras substituições já depois da hora de jogo, lançando El Shaarawy, Abraham e Karsdorp, mas a Roma continuava a atacar tendo como única e exclusiva base a criatividade e a explosão de Zaniolo.

Nesta fase, a melhor oportunidade voltou a pertencer novamente ao Sassuolo, com Traorè a permitir a defesa de Rui Patrício quando só tinha o guarda-redes português pela frente (74′), mas Abraham acabou por fazer a diferença. Mancini desbloqueou na direita, tirou um cruzamento perfeito para o primeiro poste e o avançado inglês, com um cabeceamento fortíssimo, abriu o marcador e voltou a entregar uma candidatura a Gareth Southgate para o Mundial do Qatar (80′). Já perto do fim, porém, Pinamonti empatou, repôs alguma vantagem no resultado e roubou a vitória ao conjunto de José Mourinho (85′).

Assim, a Roma não foi além de um empate em casa do Sassuolo e não conseguiu reagir à derrota com a Lazio, somando duas jornadas sem ganhar e correndo o risco de perder mais terreno no topo da Serie A na antecâmara da interrupção para o Campeonato do Mundo.