As avaliações aos imóveis em Gaia cuja demolição está prevista no âmbito da construção da Linha Rubi (H) do Metro do Porto vão arrancar esta semana, confirmou a Lusa junto de alguns moradores.

De acordo com as informações recolhidas pela Lusa junto de alguns residentes da zona de Santo Ovídio, em Vila Nova de Gaia (distrito do Porto), a empresa já se reuniu com vista ao início do processo de expropriação, avançando as avaliações aos imóveis a partir desta semana.

A Lusa questionou a Metro do Porto acerca dos processo e aguarda resposta.

Em 28 de outubro, a Lusa noticiou que a Metro do Porto já tinha agendado reuniões com os moradores da zona de Santo Ovídio, em Vila Nova de Gaia, cujas casas estão previstas demolir no âmbito da construção da Linha Rubi.

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Em causa está a construção da nova estação de Santo Ovídio, em Gaia, englobada na empreitada da Linha Rubi (Santo Ovídio – Casa da Música), que implica que “será necessário demolir a totalidade das construções existentes na parcela limitada pela Rua António Rodrigues Rocha (a norte) e o largo da Igreja Paroquial de Santo Ovídio”, segundo o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), apresentado em 12 de outubro.

Em declarações à RTP também no dia 28 de outubro, o presidente da Metro, Tiago Braga, reconheceu que “não havia outra alternativa” às demolições.

De facto, nós vamos ocupar aquela zona. As soluções passam sempre por expropriações que nós queremos que sejam o mais amigáveis possíveis. Nós teremos, com certeza, consideração pelas pessoas, como sempre tivemos”, disse o responsável.

O EIA da Linha Rubi está em consulta pública até ao dia 17 de novembro, mês em que o objetivo da Metro, segundo Tiago Braga, é “lançar um anúncio prévio à contratação, no sentido de explicar formalmente ao ecossistema da construção civil” o projeto da Linha Rubi, antes de lançar o concurso público.

O procedimento deverá ser lançado até final do ano, disse o responsável no dia 7 de outubro.

Em Gaia, as estações previstas para a Linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e no Porto Campo Alegre e Casa da Música.

A construção da Linha Rubi, prevista no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), custará 300 milhões de euros mais IVA, e deverá terminar no final de 2025.