Depois da morte de Comandos, em 2016, durante o curso e várias hospitalizações ao longo dos anos, o Exército reconhece ser necessário mudar a formação de Comandos. Este ano, mais uma vez, seis comandos do 138º Curso foram hospitalizado e um deles precisou de um transplante de fígado. Na sequência das hospitalizações, o curso foi suspenso e foi aberto um processo de averiguações interno que ficou agora concluído. Além da “instauração de processo disciplinar a três militares da Equipa de Instrução do 138.º Curso de Comandos”, o Exército garante, em comunicado, que haverá alterações na formação dos militares dos Comandos.

Comandos. As 20 horas que mataram os dois recrutas

Os três instrutores foram castigados por terem violado “os deveres de obediência, zelo e responsabilidade” que estão “previstos no Regulamento de Disciplina Militar.”

Reconhecendo “existir a necessidade de analisar e rever alguns dos normativos relativos ao Curso de Comandos”, o Chefe de Estado-Maior do Exército “determinou a constituição de um grupo de trabalho” que terá como função “propor uma revisão do Referencial do Curso de Comandos“.

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Militar do curso de comandos que foi transplantado teve alta

O objetivo, segundo o comunicado é que a formação dos Comandos “adote um carácter mais evolutivo, com uma fase preparatória e adaptativa”, fazendo também a a “atualização de normativos e procedimentos”. Em relação às condições de saúde dos recrutas, estas deverão ser também mais vigiadas com “uma definição das ações de controlo médico, físico e psicológico a executar, antes, durante e após a frequência do Curso de Comandos, necessárias para garantir a continuada aptidão dos formandos para responder às solicitações do curso.”

No caso dos seis comandos que foram hospitalizados no último curso, o Exército concluiu que “os fatores que levaram aos acontecimentos ocorridos tiveram origem no cansaço acumulado pelos formandos, agravado pela falta de preparação física”. O 138º Curso de Comandos ainda se encontra suspenso, mas deverá ser “com brevidade determinado o seu reinício”, acrescenta ainda o Exército em comunicado.