Era a terceira ronda da Taça da Liga, é certo. Mas não deixava de ser um Manchester City-Chelsea — e, mais do que isso, não deixava de ser uma eliminatória que iria afastar uma das principais equipas inglesas de um dos naturais objetivos internos. No Etihad, numa quarta-feira à noite que antecipava a última jornada da Premier League antes da interrupção para o Mundial, os citizens recebiam os blues e protagonizavam o jogo grande da semana.

Citizens e blues que, na verdade, estavam em pólos opostos no que diz respeito ao momento atual das equipas. Por um lado, o Manchester City levava três vitórias consecutivas e não perdia há um mês, com a imprensa inglesa a abordar nos últimos dias a intenção do clube de renovar com Pep Guardiola no fim da época; por outro lado, o Chelsea soma quatro jornadas seguidas sem ganhar na Premier League e Graham Potter, que chegou em setembro para substituir Thomas Tuchel, tem sido muito contestado.

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Assim, para além do óbvio interesse por ser um dos principais jogos do futebol inglês, a partida tinha um grande fio condutor: o regresso de Raheem Sterling, que no verão trocou o Manchester City pelo Chelsea ao fim de sete anos nos citizens, ao Etihad. “Claro que vai ser bem recebido. Ele merece isso e é mais do que bem vindo. Trabalhámos juntos durante vários anos, diariamente, com muito trabalho e muitos jogos. O jogo mais importante que partilhámos, provavelmente, foi a final da Liga dos Campeões, ele estava lá. Se ele está feliz, nós estamos felizes. Quando o jogo começar, claro que vamos querer vencer, mas é óbvio que ele tem de ser bem recebido”, disse Guardiola na antevisão da partida.

Neste contexto, o treinador espanhol lançava Mahrez, Julián Álvarez e Grealish no onze inicial, deixando Bernardo, De Bruyne e Haaland no banco, enquanto que Graham Potter apostava em Pulisic, Broja e Ziyech, com Havertz, Sterling e Aubameyang a serem também suplentes. A primeira parte terminou sem golos, com Guardiola a decidir Bernardo e Kalvin Phillips logo no início do segundo tempo, e o City acabou por abrir o marcador pouco depois.

Mahrez fez o primeiro golo da partida ainda antes da hora de jogo de livre direto (53′) e Julián Álvarez aumentou a vantagem cinco minutos depois (58′), fechando as contas da eliminatória nesse momento. Graham Potter ainda pôs a carne toda no assador, com Sterling, Havertz e Mount, mas já nada mudou: o Manchester City venceu o Chelsea e eliminou os blues da Taça da Liga, aumentando ainda mais a contestação que já se vive em Londres.