O Boavista ambiciona “dar uma boa resposta” frente ao FC Porto, no sábado, no dérbi da 13.ª jornada da I Liga de futebol, tentando desfazer a pior sequência desta temporada antes do Mundial2022, estabeleceu esta sexta-feira o treinador Petit.

“É um jogo bom, porque é especial e todos os atletas, treinadores e adeptos gostam de estar envolvidos. Já estive nestes jogos e sei o que representam na cidade do Porto pela rivalidade saudável que há. Esperamos dar uma boa resposta. Mesmo que só valha três pontos, era importante chegar à pausa do campeonato com um resultado positivo, que passa sempre por trabalhar pela vitória“, vincou o técnico, em conferência de imprensa.

Depois de ter chegado à última paragem da prova para os jogos das seleções nacionais com cinco vitórias nas sete primeiras rondas, incluindo um triunfo sobre o Sporting (2-1), em 17 de setembro, o clube do Bessa sofreu dois empates em casa e três derrotas fora.

“Somos nós que tivemos aquelas vitórias no início e agora temos este ciclo negativo de resultados. Temos de reagir, sabendo a exigência deste clube e dos seus adeptos, mas também aquilo que estamos a trabalhar. Este não é o Boavista de há alguns anos, mas um Boavista que quer crescer e manter bases para o futuro. Estamos a trabalhar dentro disso, mas os resultados ditam muita coisa. Nesta altura, não os estamos a ter”, notou, falando de uma fase marcada ainda pela queda na terceira ronda da Taça de Portugal.

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Petit antevê um “jogo extremamente difícil” e reconhece que o Boavista “vai ter de saber sofrer um pouco” para terminar com uma série particular de 16 derrotas e três empates diante do FC Porto, adversário que já não bate desde o êxito caseiro (2-1) em 2006/07.

Desde então, os últimos 10 dérbis disputados no Bessa em todas as provas significaram nove desaires para os axadrezados, que nunca marcaram qualquer golo e sofreram 20.

“É um jogo contra um candidato ao título, que está a atravessar um bom momento e tem rotinas de jogo muito bem definidas pelo seu treinador [Sérgio Conceição]. Tentámos ver aquilo que podemos explorar num FC Porto muito forte, que joga num 4-4-2 clássico ou losango, com Pepê e Stephen Eustáquio a alternarem entre si, mas também pode alinhar com Pepê a lateral direito e introduzir o Galeno. Vamos estar preparados e tentar reagir ao mau momento que atravessamos nos resultados, mas não nas exibições”, observou.

Privado do venezuelano Adalberto Penarãnda e de Martim Tavares, ambos lesionados, o Boavista procura regressar à primeira metade da classificação antes da inédita interrupção da I Liga para o Mundial2022, que decorre de 20 de novembro a 18 de dezembro, no Qatar.

“Analisámos os jogos todos e estivemos mais perto de ganhar em muitos deles, tal como aconteceu ante Marítimo, Vizela e Rio Ave. Agora, há que acreditar no nosso trabalho e compromisso e tentar melhorar. Procuramos estabilizar a equipa, metendo um onze que nos dê as melhores garantias nos jogos. Houve alguma inconstância defensiva desde a derradeira paragem, mas não foi por aí. A equipa tem de ser mais equilibrada”, concluiu.

Petit vai cumprir a 150.ª partida no comando das panteras, cuja segunda passagem se iniciou em novembro de 2021, já depois de se ter estreado como treinador no clube em que acabou a carreira de jogador, entre 2012 e 2015, somando 55 vitórias, 41 empates e 53 derrotas nas várias competições nacionais, com 189 golos marcados e 189 sofridos.

O Boavista, nono colocado, com 17 pontos, recebe o FC Porto, segundo, com 26, a oito do líder invicto Benfica, no sábado, às 20h30, no Estádio do Bessa, no Porto, em jogo da 13.ª jornada do campeonato, com arbitragem de Luís Godinho, da associação de Braga.