Os trabalhadores da transportadora rodoviária Alsa Todi marcaram esta segunda-feira uma greve de 24 horas para 30 de novembro para exigirem melhores horários, denunciando que chegam a trabalhar 14 horas por dia sem descanso, segundo fonte sindical.

“Entregámos hoje um pré-aviso de greve, de 24 horas, para o dia 30 de novembro”, disse Manuel Oliveira, do Sindicato Nacional dos Motoristas, à agência Lusa.

Em causa estão os horários de trabalho que os motoristas consideram que são sobrecarregados porque, de acordo com o sindicato, chegam a fazer 13/14 horas diárias “sem qualquer tipo de intervalo”.

“Isto é inadmissível porque os trabalhadores não são máquinas. Além de afetar a relação dos trabalhadores com a empresa, esta situação coloca em causa a segurança de pessoas e bens”, frisou Manuel Oliveira.

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O sindicalista disse ainda que a greve abrange todos os trabalhadores da empresa e não apenas os motoristas porque há outros setores que também enfrentam problemas, como as bilheteiras, que “não têm muitas condições, parecem de terceiro mundo”.

Além do Sindicato Nacional dos Motoristas, também convocaram a greve o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA) e o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP).

À Lusa, Manuel Oliveira lamentou os “inconvenientes que esta greve” provocará aos utentes, já que irá “causar graves perturbações”.

A Alsa Todi, empresa de transportes públicos rodoviários na Península de Setúbal, assegura os transportes públicos rodoviários nos concelhos de Setúbal, Moita, Montijo, Alcochete, Palmela e Barreiro, além das ligações intermunicipais no Barreiro e no Alentejo central.

Desde que começou a operar na margem sul ao abrigo da Carris Metropolitana, a Alsa Todi tem sido alvo de muitas queixas por parte dos passageiros de constantes atrasos, supressões de carreiras e falta de motoristas, entre outros.