O Governo vai fazer nova tentativa de venda da Efacec. Em Conselho de Ministros aprovou, segundo comunicado divulgado, o caderno de encargos para novo processo de reprivatização, depois do anterior ter falhado.

“Foi aprovada uma resolução que determina o encerramento do processo para a alienação das ações da Efacec Power Solutions, objeto do processo de reprivatização, e que aprova o caderno de encargos para um novo processo de reprivatização”, diz-se no comunicado do Conselho de Ministros que, ao contrário do que tinha sido antecipado, não realizou, posteriormente, conferência de imprensa.

Em 2020, o Governo decidiu nacionalizar os 71,73% que eram então detidos pela empresária angolana Isabel dos Santos. Em 2021 lançou um processo de reprivatização, já que tinha aprovado uma nacionalização temporária. O processo de reprivatização acabou por ter como finalista a DST, tendo mesmo sido aprovada em Conselho de Ministros a entrada desta empresa na Efacec. Mas entraves em Bruxelas pela metodologia da privatização — que implicava uma injeção pública no capital antes da transferência para a DST — acabou por deitar por terra essa venda.

Governo assume oficialmente que privatização da Efacec falhou. DST deseja “o melhor” para a Efacec

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Isso mesmo assumiu o Governo a 28 de outubro, garantindo Costa Silva, no Parlamento, que a solução depois do falhanço estava a ser preparada.

O Estado injetou até agora, via Parpública, 50 milhões de euros na empresa e tem 125 milhões de euros em garantias e empréstimos. E o ministro da Economia declarou que o Governo vai “fazer tudo para isso acontecer (o reembolso)”, mas, acrescentou, na ocasião, “não posso dar nenhuma garantia”. Costa Silva salientou, por outro lado, que havia conversas com eventuais interessados que “pensamos que são fiáveis”, havendo, entre os interessados, empresas nacionais e internacionais.

O Observador já contactou o Ministério das Finanças e o Ministério da Economia (que tem remetido questões sobre a Efacec para as Finanças, embora, no Parlamento, acabe sempre por ser Costa Silva a revelar informações sobre a empresa) para recolher mais informações sobre o que foi aprovado.