O Twitter avisou os seus funcionários que os edifícios da escritórios da empresa, em São Francisco, nos Estados Unidos da América (EUA) estarão de portas fechadas, temporariamente, com efeito imediato e até à próxima segunda-feira, dia 21 de novembro, noticia a BBC. O meio britânico teve acesso à mensagem e acrescenta que não foi apresentado qualquer motivo.
“Com efeito imediato, estamos a fechar temporariamente os nossos edifícios de escritórios e todos os acessos com identificação serão suspensos. Os escritórios irão reabrir na segunda-feira, 21 de novembro”, pode ler-se na mensagem.
Numa segunda parte o texto alerta os funcionários para não discutirem o assunto. “Obrigada pela vossa flexibilidade. Por favor continuem a cumprir a política da empresa e abstenham-se de discutir informação confidencial da empresa nas redes sociais, com a imprensa ou em qualquer outro lugar.”
O Twitter não respondeu de imediato a um pedido de comentário por parte da BBC.
Ainda esta semana Elon Musk, novo proprietário do Twitter, enviou uma mensagem por email aos funcionários da empresa pedindo-lhes que trabalhem “longas horas, a alta intensidade” ou que aceitem a proposta de despedimento coletivo e deixem a empresa, segundo noticiou o Washington Post, que teve acesso à mensagem em questão. Foi dado aos trabalhadores um prazo até às 17h desta quinta-feira (22h de Lisboa) para aceitarem fazer parte “do novo Twitter”. Caso contrário, terão de abandonar a empresa, recebendo em troca uma indemnização correspondente a três meses de salário.
Elon Musk pede a colaboradores do Twitter que trabalhem “longas horas” ou que abandonem empresa
A empresa já tinha dado conta, no início deste mês de novembro, que iria cortar cerca de metade dos seus funcionários. Segundo a BBC, há também sinais de que um largo número de trabalhadores se demitiu por não aceitar as novas condições impostas por Elon Musk. E estarão a usar a hashtag #LoveWhereYouWorked acompanhada de um emoji a acenar no Twitter, para assinalar a sua saída da empresa. “Acho que quando a poeira acalmar hoje, ficarão lá, provavelmente, menos de duas mil pessoas”, disse ao meio britânico uma pessoa que já lá trabalhou.