O Plano Ferroviário Nacional (PFN), apresentado na quinta-feira, destaca o “elevado potencial de crescimento” dos serviços suburbanos do Sistema Metropolitano Norte Litoral, sublinhando a necessidade de aumentar a cadência dos horários.

O documento alude a “baixas frequências com horários não cadenciados”, com algumas ligações a terem apenas um comboio por hora.

Isto quando o sistema tem “elevado potencial de crescimento”, com um aumento médio de 10% por ano no número de passageiros entre 2003 e 2019.

O Sistema Metropolitano Norte Litoral abrange a Área Metropolitana do Porto e as regiões de Aveiro, Tâmega e Sousa, Ave e Cávado.

O PFN propõe, desde logo, o prolongamento dos serviços da Linha de Aveiro para a Linha de Leixões e Aeroporto Sá Carneiro (Porto), bem como a inclusão da Linha do Vouga na rede suburbana, “com serviços frequentes, pelo menos, nas suas duas extremidades”.

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Propõe ainda a criação de serviços para Barcelos e tornar Braga o terminal dos regionais do Minho.

A ligação a Paços de Ferreira e Felgueiras com a Linha do Vale do Sousa e ligação a Amarante com a Linha de Trás-os-Montes são outras das propostas.

Já para o Sistema de Mobilidade Ligeira do Cávado-Ave, o plano prevê fechar a malha do Quadrilátero do Minho (Braga, Vila Nova de Famalicão, Guimarães e Barcelos), “ligando as pontas da rede pesada”.

Um sistema de capacidade intermédia adequado a uma região policêntrica é outra das propostas.

“O sistema pode ter solução evolutiva, com primeira fase em modo rodoviário, prevendo futura evolução para ferrovia ligeira”, acrescenta o plano.

A proposta de PFN é agora colocada em discussão pública, regressando depois ao Conselho de Ministros, de onde sairá para discussão na Assembleia da República e só depois será aprovado.

Ainda que não estabeleça prazos, o PNF tem um horizonte indicativo de conclusão até 2050.