A Direção-Geral do Orçamento divulga esta sexta-feira a síntese da execução orçamental até outubro, após o Estado ter registado um excedente de 5.253 milhões de euros até setembro, em contabilidade pública, uma melhoria de 9.945 milhões de euros.

“Em contabilidade pública, as Administrações Públicas registaram um excedente orçamental de 5.253 milhões de euros até setembro de 2022”, lê-se num comunicado divulgado pelo Ministério das Finanças, a 27 de outubro, e que antecedeu a publicação da síntese de execução orçamental pela Direção-Geral do Orçamento (DGO).

O excedente reflete uma melhoria do saldo de 2.711 milhões de euros face a 2019, último período pré-pandemia, e de 9.945 milhões de euros face aos primeiros nove meses de 2021.

De acordo com o executivo, esta melhoria traduziu um aumento da receita de 15,5% face a 2021 e de 14,9% em comparação com 2019, o que é justificado pelo “dinamismo do mercado de trabalho, da economia e pelo efeito da subida de preços”.

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Por outro lado, refletiu um aumento da despesa de 0,3% face a 2021, influenciado pela redução das despesas associadas à pandemia de Covid-19.

Já a despesa primária aumentou 1%, mas sem o efeito das medidas Covid-19, tem uma subida homóloga de 3,4%, enquanto a despesa corrente progride 4,3%.

Em comparação com igual período de 2019, a despesa primária apresentou um crescimento de 11,2%.

“A evolução positiva da execução orçamental nos primeiros nove meses do ano permitiu pré-financiar o programa Famílias Primeiro e o programa Energia para Avançar, anunciados em setembro e concretizados em larga medida em outubro. A despesa com estes programas só será refletida a partir da execução orçamental de outubro, o que antecipa uma degradação do saldo orçamental no próximo mês”, assinalou o ministério tutelado por Fernando Medina.