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Seja superstição ou maldição, há mesmo um fantasma debaixo da cama (a crónica do FC Porto-Mafra)

Este artigo tem mais de 1 ano

Mafra foi para o intervalo a ganhar no Dragão, deixou-se empatar na segunda parte mas FC Porto não conseguiu chegar à vitória (2-2). Sérgio não admite maldições nem superstições — mas há um fantasma.

Os dragões empataram a 20 minutos do fim mas não conseguiram chegar ao golo da vitória
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Os dragões empataram a 20 minutos do fim mas não conseguiram chegar ao golo da vitória

LUSA

Os dragões empataram a 20 minutos do fim mas não conseguiram chegar ao golo da vitória

LUSA

A lógica continuava a ser estranha: sexta-feira, 20h45, dia de fase de grupos do Campeonato do Mundo e também de Taça da Liga. O FC Porto recebia o Mafra pouco mais de duas semanas depois de o ter vencido para a Taça de Portugal e procurava entrar com o pé direito numa competição que nunca conquistou. Um dado que Sérgio Conceição não queria que se tornasse um fantasma.

“Temos de ser mais competentes do que o que fomos no passado para vencer esta competição. Agora, não podemos andar aqui a entrar nas superstições, porque ainda não ganhámos, porque o título está amaldiçoado… Não, o que está amaldiçoado deixa de estar quando há muito trabalho e foco no que se faz. Por isso, acredito no trabalho dos jogadores e estou confiante para começar a prova”, disse o treinador dos dragões na antevisão da partida.

Ficha de jogo

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FC Porto-Mafra, 2-2

Fase de grupos da Taça da Liga

Estádio do Dragão, no Porto

Árbitro: Miguel Nogueira (AF Lisboa)

FC Porto: Cláudio Ramos, Rodrigo Conceição (João Mário, 45′), Fábio Cardoso, Marcano, Wendell (Wendel Silva, 87′), Pepê, Bruno Costa (Danny Loader, 45′), Uribe, Galeno, André Franco (Bernardo Folha, 78′), Toni Martínez

Suplentes não utilizados: Samuel Portugal, David Carmo, Wilson Manafá, Gonçalo Borges, Abraham Marcus

Treinador: Sérgio Conceição

Mafra: Samu, Pedro Pacheco, Ousmane Diomande, Pedro Barcelos, Ença Fati (João Goulart, 73′), Leandrinho (Mattheus Oliveira, 61′), Léo Cordeiro (Pité, 82′), Gui Ferreira (Edwin Banguera, 73′), Pedro Lucas (Bility, 82′), Lucas Silva, Diogo Almeida

Suplentes não utilizados: Renan, Rodrigo Gui, Diga, Obule Moses

Treinador: Ricardo Sousa

Golos: Ença Fati (16′), Gui Ferreira (gp, 42′), Pepê (48′), Toni Martínez (70′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Uribe (26′), a Diogo Almeida (30′), a Gui Ferreira (44′), a Pedro Pacheco (73′), a Pepê (78′), a Samu (80′), a Mattheus Oliveira (84′ e 89′), a Pedro Barcelos (84′), a Edwin Banguera (90+2′); cartão vermelho por acumulação a Mattheus Oliveira (89′)

Na verdade, maldições à parte, este era o primeiro jogo do FC Porto em praticamente duas semanas, desde que todas as competições pararam para o Mundial do Qatar. Os dragões voltavam a competição na fase de grupos da Taça da Liga e iam à procura não só do apuramento para a final four como também da conquista do título — uma medalha no peito que ainda escapava tanto a Conceição como ao próprio clube.

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No Estádio Municipal de Mafra, Sérgio Conceição não contava com os seis internacionais que estão no Qatar — Diogo Costa, Pepe, Otávio, Grujic, Taremi e Stephen Eustáquio — e ainda com os lesionados Evanilson, Gabriel Veron, Zaidu e Francisco Meixedo. Assim, esta sexta-feira, lançava André Franco e Toni Martínez no onze inicial, para além de Rodrigo Conceição na direita da defesa, e mantinha Uribe, Galeno e Pepê. Do outro lado, com Ricardo Sousa ao comando, o Mafra procurava um resultado diferente daquele que obteve contra os dragões no início de novembro, quando foi eliminado pelo FC Porto da Taça de Portugal.

O jogo começou com um ritmo lento e uma intensidade muito baixa, escasseando as aproximações às balizas e abundando os duelos na zona do meio-campo. Ainda assim, era notório que o Mafra tinha entrado em campo mais concentrado e mais ligado às ocorrências da partida, demonstrando uma agressividade e uma reação à perda da bola que não encontrava par no FC Porto. Ença Fati teve a primeira ocasião mais perigosa, com um remate já na grande área que esbarrou num adversário (7′), e os dragões só responderam com um cabeceamento à figura de André Franco após um cruzamento de Uribe (15′).

À passagem do quarto de hora inicial, porém, a eficácia do Mafra fez a diferença. A equipa visitante lançou um contra-ataque letal pelo corredor direito, com Lucas Silva a acelerar até à grande área e a atrair Cláudio Ramos para depois cruzar rasteiro para o poste oposto, onde Ença Fati só teve de encostar para abrir o marcador (16′). Os mafrenses colocavam-se em vantagem no Dragão e só quem não estava a ver o jogo é que poderia dizer que o resultado era uma surpresa.

O FC Porto procurou reagir e até colocou a bola no fundo da baliza pouco depois, por intermédio de Wendell, mas o lance foi anulado por fora de jogo do lateral quando este apareceu a rematar na recarga a uma defesa de Samu após pontapé de Toni Martínez (22′). O conjunto de Ricardo Sousa soube aproveitar um período de maior anarquia na partida, com vários cartões amarelos, muitas interrupções e total desconcentração dos dragões, e aumentou a vantagem já perto do intervalo. Bruno Costa tocou com a mão na bola na grande área do FC Porto, Miguel Nogueira foi ao VAR e assinalou grande penalidade e Gui Ferreira, na conversão, bateu Cláudio Ramos (42′).

Na ida para o intervalo, o FC Porto estava a perder no Dragão com o Mafra e teria de fazer muito melhor para regressar à discussão do resultado — não só porque o conjunto da Segunda Liga estava muito bem e confiante, também motivado pelos dois golos marcados fora, mas também porque o demonstrado até então pela equipa de Sérgio Conceição era francamente curto.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do FC Porto-Mafra:]

Nesta ótica, o treinador dos dragões não esperou mais e fez desde logo duas substituições ao intervalo, trocando Bruno Costa e Rodrigo Conceição por Danny Loader e João Mário. E o recomeço do FC Porto não poderia ter sido melhor: ainda dentro dos cinco minutos iniciais, na sequência de um desbloqueio proporcionado por Loader no corredor central, a bola sobrou para Pepê e o brasileiro bateu Samu à saída do guarda-redes (48′), reduzindo a desvantagem.

A atitude dos dragões na segunda parte era drasticamente distinta da do primeiro tempo e passava essencialmente pelo aumento de intensidade e de agressividade. João Mário quase marcou com um remate em jeito que passou ligeiramente por cima (54′), Samu evitou o golo de Toni Martínez depois de um cabeceamento (57′) e o FC Porto encostava o Mafra às cordas através de um ritmo a que os visitantes não estão naturalmente habituados.

Ricardo Sousa reagiu ao crescimento dos dragões com a saída de Leandrinho e a entrada de Mattheus Oliveira, até porque o médio ia demonstrando algumas limitações físicas, e o apertão do FC Porto foi esmorecendo — com o Mafra a ter mais bola e a beneficiar até de uma oportunidade para aumentar a vantagem, com um cabeceamento de Pedro Pacheco que passou ao lado (68′). A 20 minutos do fim, porém, Toni Martínez fez a diferença: o avançado espanhol ganhou um ressalto na área depois de um duelo aéreo de André Franco e rematou com muita força para bater Samu (70′).

Até ao fim, apesar de uma nova reação dos dragões que empurrou os mafrenses para o respetivo último terço e para além da expulsão de Mattheus Oliveira e da estreia de Wendel Silva, já pouco aconteceu. O FC Porto empatou com o Mafra no Dragão na estreia na Taça da Liga e escorregou na primeira jornada da fase de grupos da competição. Na antevisão, Sérgio Conceição tinha garantido que não existem maldições ou superstições em relação à prova — mas só é possível existir uma espécie de fantasma debaixo da cama.

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