A distrital de Santarém do PSD continuará a ser liderada, nos próximos dois anos, por João Moura, reeleito este sábado com 75% dos votos (766), tendo 23,5% (240) dos militantes votado no seu opositor, Jorge Gaspar.

Com um total de 1.039 votantes, num universo de 1.456 militantes capacitados para votar no distrito de Santarém, a Lista A, liderada pelo deputado e presidente da Assembleia Municipal de Ourém, João Moura, venceu também a eleição para a Mesa da Assembleia Distrital, com 763 votos contra 247, reelegendo a também deputada e presidente da Assembleia Municipal de Rio Maior, Isaura Morais.

A Lista A saiu igualmente vitoriosa na eleição do conselho de jurisdição (742 contra 259 votos) e no de auditoria (751 contra 217), segundo os dados divulgados pela Mesa da Assembleia Distrital.

Jorge Gaspar disse à Lusa que mantém a intenção de analisar um eventual pedido de impugnação do ato eleitoral, após a divulgação dos resultados oficiais, não porque conteste a sua derrota, mas pelo facto de, durante a tarde de hoje, terem sido enviados SMS em nome do PSD a apelar ao voto dos militantes na Lista A.

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SMS com remetente igual ao do PSD nacional ensombram eleições na distrital de Santarém. Direção nega envolvimento

Essa ocorrência ficou registada na Ata de Apuramento dos resultados, afirmando Jorge Gaspar tratar-se de uma situação “condenável” e que “não é normal”. “Não foi por isso que perdemos”, declarou, salientando que a sua candidatura pondera impugnar o ato eleitoral porque visou precisamente bater-se por “maior transparência, democracia interna” e por “não haver opacidade”.

João Moura quer, neste mandato, continuar a “tentar potenciar o que a região tem de melhor”, aproveitando a sua “enorme potencialidade” e contrariando a divergência que o distrito tem vindo a revelar em relação ao resto do país.

“A proximidade a Lisboa tem de deixar de ser uma ameaça e passar a ser uma oportunidade”, disse, salientando o lema da sua candidatura “Afirmar a região”. Por outro lado, afirmou querer prosseguir o trabalho político que permitiu a conquista de mais autarquias em 2021, iniciando a preparação para o ciclo político autárquico de 2025.