Bruno Fernandes foi o protagonista maior do Portugal-Uruguai desta terça-feira. Com dois golos marcados, pelo menos de acordo com a FIFA, carimbou o nome nos três pontos que asseguram que Portugal vai seguir para os oitavos de final do Mundial. No momento que deu a vantagem à Seleção Nacional, pairou a dúvida se o golo pertenceu a Bruno Fernandes ou a Cristiano Ronaldo – nada que afete o jogador do Manchester United.

“É pouco interessante pensar de quem foi o golo. A sensação que me deu foi que o Cristiano tocou na bola”, disse o médio na conferência de imprensa depois de já ter admitido nas entrevistas rápidas que a intenção foi tentar a assistência. O camisola oito da de Portugal admite que o “mais importante foi Portugal ter conseguido a qualificação para a próxima fase”, conseguindo “uma vitória muito importante, contra um adversário muito difícil”.

Bruno Fernandes chegou aos 13 golos em 51 jogos ao serviço da seleção. No 1-0, o português tentou um cruzamento do lado esquerdo do ataque, mas o arco e direção que deu à bola levaram o esférico até dentro da baliza. Cristiano Ronaldo tentou cabecear para confirmar o golo, mas não chegou a tempo (num primeiro momento, a FIFA atribuiu o golo ao capitão, mas posteriormente o mesmo passou para o “8”). O jogador de 28 anos ainda marcou uma segunda vez através de uma grande penalidade que o próprio ganhou já depois de ter atirado ao poste.

O médio, que foi eleito “homem do jogo” da partida da segunda jornada do grupo H, garante que a missão lusa na fase de grupos não está concluída. “A importância de sermos primeiros passa por ganharmos o próximo jogo e terminarmos a primeira fase invictos, com três vitórias”.

Projetando o jogo com a Coreia do Sul, Bruno Fernandes admitiu que Portugal tem estado ao atento ao que os sul coreanos têm feito. “Sabemos que vamos encontrar uma seleção muito bem organizada, uma seleção com muita qualidade técnica”, confessou o antigo colega de equipa de Ronaldo.

O jogo de Portugal frente ao Uruguai ficou ainda marcado por um a invasão de campo. Um adepto entrou no relvado com uma bandeira LGBTQ+ e com uma t-shirt onde se podiam ler mensagens de apoio à Ucrânia e ao Irão. Bruno Fernandes disse que “não reparou” na bandeira, porque estava a apanhar o casaco e o chapéu do segurança que intercetou o invasor. O internacional português reiterou que a Seleção Portuguesa respeita “todos os direitos humanos”, ainda que considere que há temas em que os jogadores não ter influência. “São questões políticas onde não temos força e onde não podemos mudar nada”, lamentou.

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