No domingo, a China passou a barreira dos 40 mil novos casos diários de Covid-19. Segundo os números oficiais, contaram-se 40.347 diagnósticos positivos: 40.052 foram infeções locais, as restantes importadas. A Comissão Nacional de Saúde sublinha que, do total, 36.525 pessoas estão assintomáticas.

Este é o quinto dia consecutivo em que a China atinge novos recordes diários — no sábado foram 39.791 infeções —, numa altura em que o país impõe uma rigorosa política Covid zero. Nas ruas, os protestos intensificam-se.

Protestos na China contra política Covid Zero já são também contra Xi Jinping. O que se sabe das raras manifestações contra o regime

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Olhando ao pormenor, em Pequim contaram-se 3.888 novas infeções (3.048 assintomáticas) e em Xangai, centro financeiro, foram 144 (128 casos assintomáticos).

A política zero chinesa implica quarentenas rígidas, cercas sanitárias a localidades onde surgem surtos e testagem em massa. Onde surgem novos casos, as escolas são fechadas, assim como os locais de trabalho, e os relatos da BBC são de que atualmente dezenas de milhões de pessoas vivem sob algum tipo de bloqueio.

Só quando os casos desaparecem totalmente é que as cercas sanitárias são levantadas.

Os protestos contra as regras Covid-19 aumentaram depois de, no fim de semana, várias pessoas terem morrido num incêndio por, alegadamente, não terem conseguido sair de suas casas, onde estavam trancadas.

As manifestações têm acontecido um pouco por todo o lado. Além de Pequim e Xangai, há relatos de protestos em Xinjiang, Chengdu, Wuhan, Lanzhou, Nanjing e em dezenas de campi universitários.