A China está a acusar os Estados Unidos de terem entrado ilegalmente nas suas águas territoriais. Pequim diz ter intercetado e afastado um navio de guerra norte-americano ao largo das Ilhas Spratly, no Mar do Sul.

O navio em questão, o USS Chancellorsville, tinha sido visto recentemente a navegar pelo Estreito de Taiwan.

De acordo com a Reuters, que cita o porta-voz do Comando Sul do exército chinês, Pequim afirma que “as ações das forças armadas dos Estados Unidos constituem uma violação séria da soberania e segurança da China“.

Por seu lado, a Marinha norte-americana negou a acusação, que classificou como “a mais recente numa longa lista de tentativas de a China tentar deturpar ações marítimas legais dos EUA“.

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Em comunicado, o ramo naval americano afirma que “o USS Chancellorsville (CG 62) executou a sua navegação ao abrigo da lei internacional, tendo depois continuado as suas operações em águas protegidas pela liberdade de navegação em alto mar”.

Pequim tem um entendimento diferente, sublinhando o “risco de segurança” que os Estados Unidos representam no Mar do Sul, e classificando o incidente como “mais uma prova cabal da hegemonia [americana] na navegação e militarização do Mar do Sul da China”. Na sua conta na rede social WeChat, o Comando Sul do exército disse que as tropas permaneceriam, para já, em alerta.

Rico em recursos naturais, o território marítimo tem vindo a tornar-se um dos focos nas tensões entre chineses e norte-americanos. Pequim reclama para si a quase totalidade das águas do Mar da China; os Estados Unidos rejeitam a reivindicação e, nos últimos tempos, navios americanos têm aumentado a sua presença naquelas águas, numa tentativa de invalidar a pretensão chinesa.

EUA consideram infundadas reivindicações de Pequim sobre o Mar do Sul da China

A China não é o único país que reclama para si as águas do Mar do Sul: Filipinas, Vietname, Taiwan e Brunei disputam com Pequim a sobrenia sobre estas águas estratégicas. “Os Estados Unidos estão a defender o direito de qualquer nação voar, navegar e operar em qualquer território protegido pela lei internacional”, afirma o comunicado da Marinha norte-americana.