Em 1971, uma bebé de 21 meses foi raptada no Texas, nos Estados Unidos da América. A última vez que a família viu Melissa Highsmith foi a 23 de agosto desse ano, depois de a criança ter sido entregue à ama. Agora, ao fim de 51 anos à procura, a mãe, Alta Atapenco, e o pai, Jeffrie Highsmith, encontraram a filha. Um teste de ADN foi o suficiente para confirmar a identidade da criança — agora uma mulher adulta.

Segundo o The Guardian, a mãe, que estava a criar sozinha a filha, precisou de alguém para tomar conta da bebé enquanto trabalhava e acabou por contratar uma mulher que nunca tinha conhecido pessoalmente. No dia do sequestro, a colega de quarto de Alta Atapenco entregou a Melissa à ama. Na altura, a mãe deu a filha como desaparecida e apontou-a como principal suspeita do rapto.

Durante meio século, a família Highsmith nunca deixou de procurar Melissa, sendo que em setembro receberam a informação anónima de que ela poderia estar em Charleston, na Carolina do Sul, de acordo com a Fox News. Esse dado, porém, acabou por não se confirmar. Foi, ainda assim, no seguimento disso que o irmão, Jeff Highsmith, submeteu o ADN de Melissa na 23andMe, uma plataforma que compara os ADN de todas as pessoas registadas, poucos dias antes do Dia de Ação de Graças.

Sharon Highsmith, uma outra irmã de Melissa, explicou ao The Guardian que a família contactou uma especialistas para ajudar na interpretação dos principais resultados.

Uma correspondência com os filhos de Melissa foi conseguida. “Uma das nossas irmãs falou com a filha [de Melissa] — a mais nova — e ela levou-nos até à mãe”, disse Jeff, irmão mais novo de Melissa, que nunca tinha conhecido a irmã, citado pela Fox News.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Melissa encontrou-se com a mãe, o pai e dois dos quatro irmãos durante uma celebração na igreja que a família frequenta, em Fort Worth.

O pai de Melissa admite que todos ficaram muito felizes quando receberam a notícia. “Nunca perdemos a esperança de procurá-la ao longo dos anos. Tínhamos várias dicas, viajámos para outros estados. Saíamos e conversávamos com várias mulheres, fazíamos testes de ADN e as nossas esperanças foram destruídas. Foi difícil”, contou, citado pela FOX4.

Eu não conseguia parar de chorar. Fiquei muito feliz e ainda estou a tentar compreender que minha irmã está bem e que a encontrámos”, disse Victoria Garner, uma das irmãs, num comunicado enviado ao The Guardian.

“Nunca desista. Persiga todas as pistas”: duas frases citadas no comunicado.

Melanie, nome atual de Melissa, cresceu apenas a 10 minutos do local de onde foi raptada. Agora está a pensar alterar o nome para aquele que tinha quando era bebé.