Quatro palestinianos foram mortos por soldados israelitas esta terça-feira, na sequência de confrontos na Cisjordânia. A informação foi confirmada pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) e pela Autoridade Palestiniana.

Segundo a BBC, dois dos homens eram irmãos e foram mortos a tiro na sequência de confrontos entre os dois grupos. As IDF dizem que houve “um motim instigado por alguns suspeitos” durante uma atividade “de rotina” durante a noite. “Os suspeitos atiraram pedras e cocktails Molotov aos soldados, que responderam com meios para dispersar motins e munições reais”, admite o exército israelita.

A terceira vítima foi morta na sequência de mais confrontos entre populares e soldados em Hebron.

As IDF confirmaram ainda uma quarta morte em Ramallah. Será um homem palestiniano que foi morto a tiro pelos militares depois de ter atropelado uma mulher soldado, diz a agência Reuters.

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Estas mortes acontecem numa altura em que as Forças Armadas israelitas levam a cabo operações de busca diárias na Cisjordânia, em resposta a uma série de ataques com armas brancas contra israelitas, que ocorreram nos últimos meses. Coincidem também com a recente nomeação do novo ministro da Segurança, Itamar Ben-Gvir, do partido de extrema-direita Otzma Yehudit.

Há apenas cinco dias, um ataque à bomba em paragens de autocarro em Jerusalém matou um rapaz de 15 anos e um homem de 50 — mas não foi reivindicado.

O primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana, Mohammed Shtayyeh, apelidou as mortes dos cidadãos palestinianos de “crimes feios” e disse que as mortes diárias são “uma declaração de guerra”. As Nações Unidas avisaram recentemente que a situação na região “está novamente a chegar a um ponto de ebulição”, de acordo com a BBC.

Até esta terça-feira, o número de palestinianos mortos ao longo deste ano em Israel e na Cisjordânia foi de 136 pessoas. Do lado israelita, 31 pessoas foram mortas.