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A situação na frente de guerra continua “difícil”, mas as tropas ucranianas continuam a resistir, afirmou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. No habitual discurso, admitiu que, apesar das “perdas extremamente elevadas” registadas nas forças russas, os ocupantes continuam a tentar fazer avanços em várias regiões.

Segundo Zelensky, os russos continuam a tentar avançar na região de Donetsk, firmar posições em Lugansk e a mover-se na região de Kharkiv. Além disso, alerta, estão a preparar algo no sul do país. Porém, os militares ucranianos “persistem” e continuam a impedir o “inimigo” de cumprir as suas intenções. “Este ano, a Rússia vai perder centenas de milhares dos seus soldados e só Deus sabe quantos mercenários. A Ucrânia vai prevalecer”, sublinhou.

“Disseram que iam capturar a região de Donetsk na primavera, no verão, no outono … E o inverno começa já esta semana. Gastaram o seu exército lá.”

O líder ucraniano disse ainda que estão a dar passos importantes para restaurar a justiça no país. Foi estabelecida uma cooperação com o Tribunal Internacional de Haia, mas os instrumentos legais ao dispor ainda “não são suficientes”. “Mesmo no Tribunal Internacional de Justiça continua a ser impossível trazer a liderança política e militar russa à justiça pelo crime de agressão contra o nosso Estado”, sublinhou.

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Aproveitando a visita da primeira-dama ucraniana ao Reino Unido, Zelensky voltou a apelar à criação de um tribunal internacional especial para julgar os crimes de guerra russos. Lembrou a experiência dos aliados britânicos durante a Segunda Guerra Mundial, com os julgamentos de Nuremberga.

Zelenska denuncia violência sexual cometida pelos russos: “Vítima mais nova tem quatro anos”

A primeira-dama Olena Zelenska está de visita ao Reino Unido desde segunda-feira e discursou esta terça-feira perante o parlamento britânico. Recebida entre os aplausos dos deputados, Zelenska denunciou a “sistemática violência” das forças russas, afirmando que os ucranianos estão a passar por um terror semelhante ao vivido pelo Reino Unido durante o Blitz na Segunda Guerra Mundial. Durante a intervenção apelou também à criação de um tribunal especial para julgar os crimes cometidos durante a invasão.