“Não são as grandes explorações que estão envolvidas neste tráfico” de migrantes para trabalhar em condições de quase escravidão, defende o presidente da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP). Eduardo Oliveira e Sousa diz que “os agricultores, muitas vezes, são vítimas”:  “não são responsáveis por essas situações e são até surpreendidos muitas vezes por estarem envolvidos sem saberem”.

Questionado em entrevista ao Diário de Notícias sobre os patrões agrícolas cujas explorações empregam migrantes em condições sub-humanas – e sobre se são associados da CAP –, Eduardo Oliveira e Sousa diz que “não são as grandes explorações que estão envolvidas neste tráfico”.

O tráfico de seres humanos é uma coisa abominável e há de ser semelhante ao tráfico de droga feito por organizações que são criminosas. Portanto, isto é uma área que tem que ver com polícia e com o combate ao crime puro e duro”, diz o presidente da CAP.

O responsável afirma que “os [patrões] de cariz mais profissional, aqueles agricultores que têm uma atividade que está relacionada com o mercado internacional, quase que diria que não há nenhum que possa ser encontrado ligado a este tipo de fenómeno”. Assim, na opinião de Eduardo Oliveira e Sousa, o recurso a este tráfico humano diz respeito aos “agricultores menos escrupulosos, porque existem – existem pessoas assim em todos os setores da economia e da sociedade”.

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